O conjunto das atividades em relação à Criação, à Ecologia e ao Meio Ambiente é um problema de responsabilidade não divina, mas humana. Isso significa que somente os homens podem salvar o Planeta Terra, a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica. Na nossa Região do Alto Tietê, a vida dos 10 municípios pulsa intensamente com a vida da Mata Atlântica, território bendito e sagrado que uma vez pertencia aos povos indígenas.
De nada serviu o clamor e o canto de guerra dos Índios, para salvar as terras de seus ancestrais, os rios, as serras e as matas da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica que já perderam o encanto original, porque os homens estão deturpando estas áreas e tantas outras que caracterizam o solo brasileiro. O saudoso Papa Francisco com a sua Encíclica "Laudato Si" abriu o debate sobre o cuidado com a criação, pedindo orações por todos os seres viventes sobre a terra e instituiu o Dia Mundial da Criação, a partir de 1º de setembro até 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis. No espaço mágico e encantador da Mata Atlântica que acompanha o litoral da nossa Região, onde os Índios viviam e também se escondiam, para escapar dos velhos inimigos, foram construídas cidades, metrópoles, arranha céus, fábricas, industrias, madeireiras, serrarias e agronegócios. Já não podemos fingir que nada esteja acontecendo. A Igreja, iluminada pelos textos bíblicos que exaltam a beleza da Criação, há anos vem dirigindo o seu apelo em defesa do meio ambiente, denunciando o grande mal que estamos infligindo à Criação. Motores e buzinas substituíram os cantos sagrados das diversas aves: sabiá, canário, corruíra, coruja, bem-te-vi, beija-flor, tico-tico. As águas da Região, que escorrem pelos rios Tietê, Jundiaí, Taiaçupeba, Guaió, Balaínho e Biritiba, formam várias represas que abastecem de água milhares de pessoas. Poderiam ter uma qualidade melhor, se não jogassem centenas de metros cúbicos de água de esgoto, sem o mínimo de tratamento. Nas serras, os carros descendo e subindo, se cruzam, se tocam, atravessam a Mata Atlântica permitindo aos motoristas e aos passageiros de curtir durante poucos instantes, os cenários e as cores de belas flores, os mistérios e os sabores de tantas frutas, os cheiros e os perfumes das plantas que embelezam a mata. A natureza agradece os olhares felizes dos que percorrem a serra até chegar ao mar, onde a brisa suave e o vento teimoso embalam e agitam as águas e as pessoas.
A degradação do meio ambiente está vinculada à intensa urbanização, que faz com que o homem perca o seu vínculo, tanto físico quanto psicológico e emocional com a natureza.
A Igreja, vem promovendo o reencontro do homem com a natureza, para que aprenda a respeitá-la e amá-la, aprenda a “Cultivar e guardar a Criação”.



