O Brasil é, sem dúvida, um país de muita diversidade. Extremamente rica, a cultura brasileira é fruto da miscigenação de inúmeros grupos étnicos, com influências que vêm da origem indígena, passando pelo português colonizador, à chegada do negro africano, bem como dos diversos imigrantes europeus do Japão, da Itália, da Alemanha, da Polônia e da Espanha.
Porém, é inegável que Portugal foi o país europeu que mais exerceu influência nas tradições, costumes e simbolismos do Brasil.
A mais óbvia herança lusitana para a cultura brasileira é, claro, a Língua Portuguesa.
O calendário de festas populares brasileiras deve muito ao legado português. As duas festas mais difundidas no Brasil: o Carnaval e a Festa Junina, só chegaram ao país por conta dos portugueses.
A Festa Junina era chamada inicialmente de ‘joanina’ por homenagear São João, e no decorrer do tempo acabou homenageando também outros dois santos populares do mês de Junho.
Santo Antônio e São Pedro, passando a ser o mês dos santos populares, como é conhecido em Portugal.
Os colonizadores portugueses e os imigrantes que vieram depois incorporaram aqui no Brasil aos costumes locais, as tradições e o folclore do Portugal.
Outros exemplos de festas populares que têm o pé em Portugal são a Festa do Divino, a Farra do Boi e a Folia de Reis.
Enfim, o folclore brasileiro se alimenta do património folclórico trazido no país pelos imigrantes europeus.
Porém, pelo menos, uma boa parte da cultura é do Portugal, além de reconhecer a existência do idioma português falado pelos brasileiros.
Naturalmente as fontes originárias do folclore brasileiro estão relacionadas à vida, à presença humana dos Índios, à cultura, ao folclore e as tradições indígenas, presentes nos gestos e nas múltiplas vivências do cotidiano indígena nem sempre reconhecido pela cultura europeia.
A beleza do folclore indígena é do tempo antes da colonização.
Hoje é reduzido, mantido e vivido apenas no pequeno mundo da população indígena que vive num silêncio carregado de múltiplas carências e injustiças.