Antes que o Magistério oficial da Igreja de Roma pudesse levar ao conhecimento do mundo católico e dos homens de boa vontade, temas e questões de cunho ecológico, a Igreja do Brasil já vinha falando de ações ecológicas nas Campanhas da Fraternidade. (CF). A Comissão da CF da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) há muito tempo vinha e continua a se posicionar em defesa do Meio Ambiente, do Planeta Terra, dos Biomas brasileiros, do desperdicio de água e também da saúde pública. Há um grito que ressoa em todos os cantos: “ A Terra é um planeta que está morrendo”.
O Brasil parecia também conjugar somente os verbos desmatar, maltratar e explorar a natureza e sobretudo a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica. Não dava mais para esperar. Precisava dizer um “Basta” a tanta destruição.
Na Diocese de Mogi das Cruzes, teve inicio em 2012 a Pastoral da Ecologia.
Quem se interessou e levantou a voz em defesa da Serra do Itapeti que apresentava sinais de depredação, foi o Bispo Diocesano Dom Pedro Luiz Stringhini. Tratava-se de um leve golpe contra o Meio Ambiente.
Por isso, foi implantada na Diocese a Pastoral da Ecologia, atingindo apenas o município de Mogi das Cruzes e a Secretaria do Meio Ambiente da cidade. A PE começou a dar os primeiros passos, tendo o Bispo diocesano Dom Pedro Luiz como mola mestre que mordiscou de leve a Secretaria do Meio Ambiente para que tomasse providências na defesa e na integridade do solo na Serra do Itapeti.
Muitos anos se passaram desde que a Pastoral da Ecologia iniciou a promover uma maior consciência ecológica, se unindo ano após ano às Secretarias do Meio Ambiente de Suzano, de Poá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Salesopolis e de Arujá, afim de evitar que a Criação gemesse pela mole indolência dos filhos que a terra alimenta com seus frutos e produtos. Sabemos que a terra, amante pela vida das criaturas, estende as mãos implorando que o ser humano não viole e não substitua o verde com o asfalto liso e com arranha –céus. Ao contrário pudesse cobri-la com plantas e árvore e com flores bordadas com cores e perfumes.
Ao grito da terra, une-se a voz dos oceanos, dos rios, das águas, arruinados e contaminados pelo estrago de material sólido, dos esgotos que escorrem nas águas que percorrem com cheiro fétido e pútrido as nossas cidades. Como não falar do céu que dá vida à terra e às criaturas com o seu ar. A poluição, um inimigo a ser derrotado. O céu urra, pelas emissões de carbono que estão provocando perdas e danos imensuráveis à natureza e à vida de bilhões de pessoas.
Toda a população de um canto a outro da terra, animais e passarinhos, peixes e invertebrados vivem com o medo de doenças imprevisíveis que causam sérios danos à saúde. A Pastoral da Ecologia, expandida hoje em vários municípios sabe que precisa prosseguir com uma revisão cultural e pastoral de nosso relacionamento com o meio ambiente, bem como a valorização de políticas públicas e de uma economia mais verde em defesa dos recursos naturais. A natureza fulgirá novamente e toda a Criação brilhará.



