Todos nós necessitamos de pontos de referência, de pessoas que nos ensinem a caminhar como bons cidadãos, vencendo os desafios que surgem no caminho. Em nossa infância os pais nos levaram para a escola, tivemos nossa primeira professora que nos ensinou a escrever as primeiras palavras, para alcançar uma cultura que nos capacitasse a nos integrarmos na sociedade.
Mas foram nossos pais, com certeza, os nossos primeiros mestres e educadores.
Eles nos formaram desde antes que nascêssemos e desde o seio materno, já começamos a aprender lições de vida.
Que bom seria se só tivéssemos aprendido boas lições e ensinamentos edificantes! Mas, infelizmente, não é assim. Trazemos também fatores dolorosos e marcas que muitas vezes nos arrastam para trás em nosso processo de crescimento pessoal. Contudo, aprendemos com os catequistas a transformar o mal em bem, ou seja, aprendemos e tiramos proveito também dos acontecimentos tristes e desagradáveis, transformando-os em degraus em nossa caminhada e escalada para sermos bons cidadãos. A vida familiar é muito simples e bela, e os problemas que enfrentamos são desafios que os pais e os catequistas nos ensinam a superar.
É fácil notar que vivemos num mundo de muita informação, muitas palavras, muitos cursos, capacitação, reuniões, congressos etc., mas me parece que existe uma distância que precisa ser vencida entre a palavra e a ação.
É bom que nos reunamos e possamos discutir os problemas e soluções, mas é preciso a decisão de colocar em prática o amor com aqueles que queremos educar.
Os pais são os melhores educadores. Eles educam não só em palavras, mas sabem se colocar disponíveis a tudo o que os filhos precisam deles.
A vida familiar também é feita de gestos de ternura que se repetem e se multiplicam em sua simplicidade, dando novo sentido e tornando concreto o amor paterno e materno.
Não basta comer juntos, dormir sob o mesmo teto, é preciso expressar amor em gestos educativos concretos.
É necessário saber cuidar do filho e da filha, olhando em seus olhos, sentindo ‘com’ ele, ou "com" ela, o que se passa na vida deles, dando-lhes tempo para que partilhem sua vida, ou seja, ouvindo-os e buscando conhecê-los melhor, também amando-os e deixando-se amar e conhecer.
É um círculo de vida que se vai criando, tornando felizes aqueles com quem convivemos e preparamos para que tenham um futuro duradouro.



