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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Coluna

Cavaleiros Templários

23 agosto 2025 - 05h00

Tudo começa mesmo pelo ano 1118, após a primeira Cruzada. Um grupo de homens, sob a liderança do fidalgo francês Hugo de Payens, se junta para proteger os europeus que se dirigiam ao Oriente Médio, em especial a Jerusalém, a Terra Santa, com o desenvolvimento forte da Igreja Cristã, sob o comando do Vaticano. Os peregrinos eram constantemente atacados, roubados e mortos, no percurso até a Terra Santa. Esses Cavaleiros protetores, eram vistos como “monges guerreiros”. Com o correr do tempo foram estabelecendo condições por todo o percurso, passando a construir templos e pousadas para que os peregrinos pudessem ter mais segurança. Eles estabeleceram também novas condições, como o crédito, que permitia que os peregrinos deixassem com eles todo o dinheiro que tinham, com isso não se oferec endo como vítimas aos assaltantes. Assim criaram o crédito, emprestando dinheiro, fossem pequenos proprietários ou nobres e mesmo reis, dando origem aos estabelecimentos bancários mais tarde. Tiveram acesso a inúmeros bens e tesouros para além do percurso, mesmo em Jerusalém. Tornaram-se então muito ricos e poderosos. Em consequência, pelo século XIV, o rei da França, Felipe IV, que devia muito aos Templários, decidiu persegui-los. Mandou prendê-los e buscou assumir suas propriedades, mesmo o Mestre Templário, Jacques de Molay, numa sexta-feira, 13 de outubro de 1307, depois também morto, que depois virou o “dia do azar”. Os Templários possuíam já uma enorme frota, com muitas embarcações, por toda a Europa, e ante essas perseguições, afastaram-se em especial da França onde tinham sua sede. Foram especialmente para a Inglaterra e Escócia, então adversários do rei francês. Aliás, hoje sabemos que os Templários chegaram com seus barcos a América, antes mesmo de Colombo. Os Senhores do que depois se tornaria Portugal, mantinham os Templários protegidos, pois combatiam seus inimigos, na formação do seu futuro País. Tanto que foi considerado o primeiro País Templário, por muito tempo. As cruzes nas velas dos barcos portugueses, mesmo da descoberta do Brasil, como no domínio da Índia, eram símbolos Templários. Ao serem perseguidos na Europa, os Templários tornam-se secretos e discretos, continuando a existir, mas para isso pediram apoio aos pedreiros construtores de seus templos, que se reuniam regularmente para suas conversas profissionais, nos locais das suas Lojas, pois queriam continuar em sua luta com pessoas de bem por um mundo melhor. Os pedreiros, que usando a expressão francesa, chamavam-se de “maçons”, nome assumido a partir de então, discutiam os objetivos dos Templários. No século XVIII estavam estruturados amplamente da Europa à América. Mostrei em estudo que mesmo Tiradentes foi influenciado pelos maçons, indo até a Europa. Os maçons afetaram não só a Revolução Francesa, com sua luta por Liberdade, Igualdade e Fraternidade, como a Independência dos Estados Unidos, com George Washington, e mesmo, depois, a do Brasil, com a reunião de 20 de agosto de 1822, data hoje marcada como “Dia do Maçom” no Brasil, antecipando o 7 de setembro. Suzano, também comemora esse Dia, pois quando em 1890 apresentou sua vila planejada, junto a parada de trem, ela foi aprovada no Rio de Janeiro, pela recém proclamada República, ao incluir nomes de maçons nas ruas (Campos Sales, Benjamin Constant, Glicério e outros). Base clara da luta por um mundo melhor para todos!