domingo 14 de dezembro de 2025Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Coluna

Colônia Libanesa de Suzano

31 maio 2025 - 05h00

Venho homenagear a Colônia dos descendentes de Libaneses que vivem em Suzano. Bela gente, que registrei em minhas pesquisas há pouco mais de quarenta anos, em meu livro “Suzano Estrada Real” (1994), que a primeira personagem dessa origem foi Abraham Francisco. Ele foi aqui se instalando em 1909. Estava se iniciando a nova Vila, junto à Estação de Trem. Ele montou sua loja que durou por muitos anos.
Naqueles tempos antigos, os libaneses ainda viviam sob o domínio poderoso da Turquia, por isso muitos eram ainda chamados de “turcos”. Outro fato interessante de considerar é que a origem principal do pessoal que veio do Líbano para a nossa Suzano era da mesma cidade, Darbestar. Aqui, talvez até por isso, sentiam-se ligados como parentes. Ainda nos anos de 1970 lembro que muitos se referiam aos demais como “primos”. Há poucas semanas recebi do querido amigo escritor o Padre Carmine Mosca dois exemplares escritos por ele sobre exatamente a gente descendente dos libaneses instalados no Alto Tietê. São dois livros encantadores. Um é sobre essa gente em suas particularidades: “Lutas e Conquistas das Famílias Libanesas na Região do Alto Tietê”. Esse livro conta com o Prefácio do Bispo da Diocese de Mogi das Cruzes, Dom Pedro Luiz Stringhini. Visão muito interessante. E o Posfácio escrito pelo Empresário de Sucesso também na Educação em Suzano Nazhi Franciss, que apoiou muito a instalação da Paróquia de São Charbel, no Distrito de Jundiapeba, mais uma vitória da Colônia Libanesa em nossa Região. A visão do Autor contribui com carinho e atenção para a divulgação, não apenas das famílias libanesas aqui instaladas, como, em especial, na d ifusão de sua Cultura e Costumes. O Padre Carmine viajou ao Líbano onde expandiu sua informação sobre a origem desse povo orgulhoso e lutador. Exatamente o segundo livro do Padre Carmine que cito é justamente sobre o desenvolvimento das suas linhas religiosas no Catolicismo. Chama-se: “A Igreja Maronita da Diocese de Mogi das Cruzes”, onde amplia as bases de fundamentação da Religião Cristão implantada no Líbano, na linha fundada pelo Monge São Maron, que oferece uns pontos um tanto diferenciados do ritual cristão ocidental. Lembro bem ter assistido missas assim conduzidas pelo Padre Carmine, há uns bons anos, na Igreja Matriz de São Sebastião, em Suzano. Preparo do caminho. Luta longa. E vitoriosa. Um lindo trabalho, sem dúvida. Como deixar de reconhecer as vitórias da gente de origem libanesa em nossa Cidade e Região? Desde a marca do nosso primeiro Prefeito, Abdo Rachid, até hoje temos gente de destaque em múltiplas áreas, da Política, da Saúde, da Educação, do Comércio, dos Serviços e tanto mais. Merecedores de muitas homenagens. A proposta que ofereço as autoridades é um símbolo. Gostaria que plantássemos em espaço público uma árvore de Cedro, símbolo marcante do Líbano. Registrada desde a Bíblia. É uma árvore demorada para crescer, sei bem. Mas poderíamos replantá-la já crescidinha. Considerando igual as colônias japonesas, italianas, alemães, portuguesas e mais merecem esse cuidado e registro. Nem pau-brasil especial nós temos aqui. Mas agora, frente à Colônia Libanesa, expressemos o nosso respeito. O Cedro registraria simbolicamente nosso carinho a gente que veio desse povo.