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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Coluna

Encantos Em Cantos Vários

13 setembro 2025 - 05h00

Sou sensível a muitas propostas. Estava esta semana dominado pelas imagens dos maravilhosos ipês da nossa Cidade. Dourando-a por tantos recantos. É coisa que me encanta de há muito.
Essa beleza tão preciosa e envolvente controlava minha sensibilidade. Mas sabemos que mais coisas andam por todos os cantos também, como as racionalidades, da IA, a poderosa Inteligência Artificial. E de repente me vejo sem celular, caramba, sem celular nada somos. Ele foi invadido por vírus. O que fazer? Limpar os vírus! Ok, façamos isso. Desapareceram as minhas mensagens do Zap. Aí veio o bloqueio, do Google. E agora? Preciso do aparelho. Vamos ver, como dizem os técnicos. E não conseguem. O que vai dar? Talvez perca tudo. Vai ter de começar tudo do zero. E onde vai parar a minha sensibilidade?
Gente, vou cuidar de mim. Sabe de uma coisa, isso aí a gente arruma. Depois aprendo como recrio meu celular. Os amigos vão me ajudar...
Mas quero seguir a minha Poesia. Iluminando a minha sensibilidade.
Na minha rua tem ipê há mais de quarenta anos, onde moro já faz mais de vinte e cinco. Lembro bem do muito querido amigo-irmão Dr. Pansardi, um dos grandiosos médicos da nossa Vila. Ele mantinha seu ipê envolventemente amarelo. Ele me provocou os versos do meu poema
“Floradas”
“os ipês da minha rua/
silenciosamente/
vão cumprindo promessas/
renovando as surpresas/
abrindo as manhãs/
em brindes solenes/
dourando o frio agosto do meu dia”
Se olharmos com atenção ao circularmos pela nossa amada Suzano, veremos muitos ipês, em destaque os amarelos, que nesta época, final de Inverno, véspera de Primavera, assumem nossas sensações expondo-se a nossa frente. Lançam suas flores por todo o canto. Cobrem de tapete os nossos chãos.
Tenho um prazer com o Parque Max Feffer. Lembro da muita luta da imensa luta, por transformar aquelas jazidas, aquelas minas, no que hoje nos provoca com seu verde, mesmo com suas tantas construções de lazer e esporte.
Claro, tememos que ao seguir se transforme numa base de concreto, não sabemos como serão os governantes no futuro escolhidos por gente meio distraída. Já pedi, e continuarei propondo, que plantem árvores brasileiras, de florescimento periódico nas laterais do percurso de corrida do Parque. Estariam sempre envolventes de todos nós, verões, invernos e meias estações. E mantendo a nossa sombra ao corrermos, ao percorrermos. Seria um encantamento pleno e que nos abraçaria com luz e cor. Carinho da Natureza sempre nos chega dominante, mas de modo aconchegante.
A Poesia também me toma com o Parque.
“Nosso Parque”
“o parque me chama/ abre caminhos as minhas vontades/ envolve bem os meus sonhos/ oferece luzes acompanhantes/ em suas brilhantes cores//
seguir sobre o seu verde/ é voltar a nos juntarmos a natureza”
Há umas tantas décadas venho propondo também o plantio e replantio de árvores pelas nossas ruas centrais. Já ouvi de vários que a ideia já está a um dia para acontecer. Posso esperar, só completo meus oitenta anos de idade no ano que vem. Então seguirei com calma.
Ainda espero o plantio do Cedro-do-Líbano, ela já está em Suzano, com nossa imigração centenária dessa terra saudosa. Minha escolha seria ali na Praça João Pessoa, ao lado do Coreto da GCM. Pesemos nisso.