Meus caros leitores, permitam uma reflexão, foi professor por meus quarenta anos e foi uma escolha de vida encantadora para mim, com orgulho que vivi. Iniciei como Professor Universitário, ainda na França na Universidade da Sorbonne, depois continuei por aqui no Brasil. Infelizmente os últimos anos foram frustrantes. Os estudantes universitários, nas muito variadas áreas onde atuei iniciavam a exibição de algo como não desejarem assumir essas carreiras. Hoje sabemos que perto de 50% não seguem a careira da formação. Tive, por outro lado, satisfação como professor secundário e depois como Gestor Educacional, onde pude realizar alguns sonhos e demonstra r as suas reais possibilidades.
O período de férias, no Verão e no Inverno, são formas que se destacam por todo o mundo, não só em nosso País. Em S. Paulo as férias de Verão se iniciam em Dezembro, pouco antes do Natal, e vão até o Carnaval, em Fevereiro, coisa de Paulista. No resto do Brasil as aulas se encerram em fim de Novembro e são retomadas só em Março. As férias de Inverno em São Paulo acontecem só por quinze dias de Julho. Como Gestor por mais de uma década, junto com o amigo PM Hiram Gouveia, fazia, as vezes a única comemoração do “9 de Julho” da região, nem isso vejo mais.
No Hemisfério Norte, na Europa e Estados Unidos, por exemplo, as férias de Verão, vão de meados de Junho a meados de Setembro. E as férias de Inverno são de uns quinze dias também por lá, de antes do Natal até os dez dias iniciais de Janeiro. Carnaval por lá não é coisa cobrada.
Mas, consideremos, tanto no Brasil, como pela América latina, e igualmente por todo o Hemisfério Norte essas férias são muito importantes, não só para o turismo, há uma esperança forte de aumento de receitas por todos os países.
Os pais, que podem, programam-se para levar seus filhos para viagens e outras atividades.
É um grande ponto de lazer para todos. As sociedades tem de se programar pois as ocupações em todos os locais se alteram.
Por muitos anos, como Gestor Escolar, seguia o plano de férias de quinze dias por duas vezes ao ano. Isso me permitia um planejamento maior das atividades, cursos, palestras e outros que me surgiam. E também para projetar tantos as minhas aulas como as minhas atividades de Gestão. Mas sei bem que essa não era a visão da maioria dos Gestores, até porque os docentes se afastam por todo o período de férias escolares. E cada um tem de se adaptar as condições de sua própria família, claro.
Um fato real, em nosso amado País, é o da necessidade de atendermos a nossa população ante as suas condições, especialmente sociais. Sempre que foi possível, mesmo sem recursos oficiais, fazíamos o atendimento de refeições, as merendas, para os mais necessitados.
E sempre que possível, pois algumas vezes não foram autorizadas, abríamos para as atividades de esporte e lazer dos alunos e familiares, nas condições escolares. Isso não desapareceu da nosso realidade, ainda que tenham sido reduzidas por ordens superiores.
Isso me lembrou de uma “Capsula do Tempo” que enterramos na Escola Dr. Morato de Oliveira, há uns vinte anos, ou mais.
Deveríamos desenterrá-la este ano (por que não?). Vários documentos e testemunhos foram depositados. Era bom revermos o que éramos então.
Felizes Férias!



