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Jornal Diário de Suzano - 13/12/2025
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Coluna

Por que parar? Parar por quê?

18 janeiro 2025 - 05h00

Esta semana, numa conversa com amigo antigo ele me perguntou se eu não pretendia parar. “Já se aposentou, não é hora de dar uma escapada das atividades formais?” “Ué”, lhe respondi, “só paro quando não puder mais agir”. E aqui vou eu como lhe disse, expondo essa minha compreensão. Para iniciar, vou perguntar abertamente: Por que parar? Parar por quê? Não parei de viver. Só me aposentei do Serviço Público e das Faculdades e escolas particulares. Continuo lendo, continuo escrevendo, desenhando, preparo-me para publicar livros novos, continuar com minhas palestras, entrevistas, contribuindo nos meus jeitos. Amo minha cidade e vou persistir fazendo o que puder para que ela possa melhorar para a sua gente. Aí me veio a pergunta: o que você, meu caro leitor, faz, ou tenta fazer para a sua gente, sua família, seus amigos, sua cidade? De que modo acha que pode contribuir? Ou não é algo que lhe ocupa? Olhe para os lados. Tanta gente precisa de nos sa ajuda nesse nosso belo País. Um ano se inicia, o que acha que dá para fazer?
Claro que sei que temos de dar atenção à saúde. É básico! Mas, com isso tudo, nesses meus setenta e oito aninhos, não deixo de me cuidar. Nesse 2024 tive minhas dificuldades. Passei quase uns sete meses com situações fortes de visão (ou melhor, ”falta de visão!”), não conseguia ler um livro, coisa muito difícil para mim. Fiz operação de catarata e depois peguei tersol, e umas tantas inflamações no nervo ótico, no globo ocular. Para escrever minhas crônicas tinha de aumentar enormemente as letras no computador. Tratamento demorado, mas consegui melhorar. Agora está resolvido o prob lema, só preciso usar óculos para enfrentar letrinhas muito miúdas. Claro, tenho uma lista enorme de livros para ler. Mas estou indo, nem pensar em desistir, mas sem desespero. E você, tem cuidado de sua saúde? Tem dado uma atençãozinha ao seu bem estar, ao menos? Sem isso nem seu caminho se torna visível. Pense bem. Aliás, tenho muitos livros de reflexão, meditação e outras visões filosóficas que projetei para leitura e releitura. Chego lá, sei que chego, com calma, claro. Avançando no modo que me for permitido. O caminho é a frente. Tenho meus tantos poemas para revisar, reescrever, e mesmo iniciar, mas sei que chegarei lá. Não vou perder a calma. Tenho uns tantos livros meus também para rever. Todo mundo tem suas coisas para avançar ou mesmo terminar. Chego lá no tempo necessário. E você, já pensou nisso?
Gosto de conversar com gente que se disponha ao mundo. Passei o fim de ano, com festa de Réveillon, na colônia de férias de Campos do Jordão do Centro do Professorado Paulista (CPP), local excelente numa bela cidade. Suzano pode bem pensar em ter seu espaço para a professorada, não é mesmo colegas, amigos? Foram muito bons esses dias lá, com muita troca de ideias. E fui ampliando a consciência da importância da conversação na nossa vida. Tem muita gente estudando essas possibilidades, em especial para idosos. É coisa boa, que contribui muito para o nosso equilíbrio. Tenho visto idosos se isolarem, coisa negativa! Ao contrário, p recisamos conversar, e mesmo projetor as nossas visões para o futuro. Podemos contribuir para o equilíbrio, mesmo vendo uns tantos brasileiros se radicalizando. Calma! Vamos mostrar o que é melhor, que é possível ser maneiro. Todos podemos ajudar.