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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Coluna

A oração de confissão

22 junho 2025 - 05h00

No Antigo Testamento, os sinais de arrependimento eram manifestados através do jejum, do choro, do pranto e o rasgar das vestes. Mas tudo isso podia não passar de um mero ritual exterior, sem que houvesse uma real transformação do interior. Em Joel 2:13, Deus pede que em lugar das vestes, que seja "rasgado o coração" como sinal de arrependimento verdadeiro. "Em sinal de arrependimento, não rasguem as roupas, mas sim o coração". Ninguém pode ver um coração rasgado, mas Deus, sim. É do coração arrependido, quebrado, mudado, que Deus se agrada! Por mais que desejemos e nos esforcemos para viver uma vida de santidade, vez ou outra pecamos. E, quando pecamos, entristecemos o Espírito Santo que habita em nós. Na nova aliança em Cristo podemos fazer uso frequente da oração de confissão. Nessa oração reconhecemos e apresentamos os pecados cometidos diante de Deus, pedindo perdão e nos comprometendo com Ele a não cometermos mais os mesmos pecados. O Salmo 51, de autoria do rei Davi, constitui-se em uma oração de confissão e arrependimento. - "Por causa do teu amor, ó Deus, tem misericórdia de mim. Por causa da tua grande compaixão apaga os meus pecados. Purifica-me de todas as minhas maldades e lava-me do meu pecado. Pois eu conheço bem os meus erros, e o meu pecado está sempre diante de mim!" (vs. 1 a 3) Diante do pecado, podemos ter atitudes adequadas ou inadequadas. Podemos tentar esconder o nosso pecado e seguir com a vida como se nada tivesse acontecido, o que Davi fez a princípio até ser confrontado pelo profeta Natã. Outra atitude que muitas vezes tomamos diante do pecado é tentar justificá-lo, atribuindo a culpa a alguém ou a alguma situação. Na história contada pelo profeta Natã a Davi, o rei ficou indignado com as ações do vilão, antes de saber que ele mesmo era aquele vilão. Muitas vezes conseguimos enxergar e apontar o pecado dos outros, mas não o nosso próprio pecado. Pode acontecer também de aceitarmos a culpa pelo erro cometido; todavia, não temos a humildade para pedir perdão a Deus e a aqueles a quem ferimos. Além disso, podemos considerar o nosso pecado tão grave, de modo que nem ousamos pedir o perdão de Deus. Mas para Deus não há "pecadinho" ou "pecadão". Temos inclinação para o pecado. Lutamos constantemente contra a nossa carne. Em Romanos 7:18, o apóstolo Paulo resume bem isso: "Pois eu sei que aquilo que é bom não vive em mim, isto é, na minha natureza humana. Porque, mesmo tendo dentro de mim a vontade de fazer o bem, eu não consigo fazê-lo". Quem me livrará deste corpo que me leva para a morte? Que Deus seja louvado, pois Ele fará isso por meio do nosso Senhor Jesus Cristo!" (v.25) Ao ser confrontado, Davi teve a humildade de reconhecer o seu pecado. Ele conseguiu enxergar os horrores que havia cometido para satisfazer um desejo, rendendo-se às consequências que foram proferidas pelo profeta. Se houver confissão a Deus e arrependimento, por Jesus Cristo somos justificados e perdoados; entretanto, há consequências. Pode ser que Deus nos livre de algumas delas, por Sua graça e misericórdia. No caso de Davi, as consequências foram terríveis e desastrosas. E Davi teve que conviver com isso! Mas ele não se rebelou contra Deus. A coisa mais difícil em nossa sociedade é ver alguém reconhecendo o seu erro e pedindo perdão. Mesmo que todas as evidências mostrem a culpa, a pessoa continua se declarando inocente. Isso pode funcionar na justiça da terra, mas não funciona na justiça divina. Quanto mais duro for o coração, quanto mais justificativas dermos, mais difícil será alcançar misericórdia. Devemos orar confessando o pecado e pedindo perdão a Deus, pois somente isso restaurará a nossa comunhão com Ele. A confissão de Davi diz muito sobre o reconhecimento do pecado, a confissão, o perdão e a restauração da comunhão. "O que Tu queres é um coração sincero; enche o meu coração com a Tua sabedoria. Tira de mim o meu pecado, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve. Faze-me ouvir outra vez os sons de alegria e de felicidade; e, ainda que tenhas me esmagado e quebrado, eu serei feliz de novo!. (Salmo 51:6-8) Um coração verdadeiramente "rasgado" e arrependido é um coração em que o Espírito Santo se derrama! (Sueli Barão Rocha de Souza, evangélica, professora, escreve aos domingos.)