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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Coluna

De que está cheio o coração?

25 agosto 2024 - 05h00

Jesus afirmou que a boca fala do que está cheio o coração. (Mateus 12:34) As palavras refletem o que está dentro de nós. Por isso temos que ser cuidadosos quanto ao uso delas; principalmente, em situações conflituosas. Creio que as palavras influenciam até mesmo no ambiente em que se vive. Em um momento de raiva, frustração, decepção, pelo mau uso das palavras podemos destruir muita coisa. E depois não é fácil consertar! Assim como as más palavras causam tantos males, as boas palavras são como um bálsamo para a alma. A boa palavra é aquela que é dita de forma adequada, em momento oportuno, trazendo edificação para aqueles que a ouvem. Boas palavras curam, levantam, trazem renovo e bom ânimo. A Bíblia é fonte de palavras que nos renovam, quando estamos cansados, desanimados, quando nos sentimos fracos, sem forças para prosseguir. Conhecemos a história do sofrimento de Jó. Quando os amigos foram visitá-lo, a princípio, vendo o sofrimento em que ele se encontrava, ficaram em silêncio ao lado dele durante sete dias e noites. (Jó 2:13) A atitude deles foi solidária, pois sabiam que qualquer palavra naquele momento não significaria nada. Mas, quando eles começaram a falar no sentido de achar explicações para o que Jó estava passando, isso aumentou o sofrimento do amigo. - "Já ouvi tudo isso antes; em vez de me consolarem, vocês me atormentam. Será que essas palavras ocas não têm fim? Se vocês estivessem no meu lugar, eu também poderia dizer o que estão dizendo, eu balançaria a cabeça com um jeito de sábio, e os esmagaria com um montão de palavras". (Jó 16:2-4) 
A capacidade de comunicação é uma bênção. Todavia, se existe um problema comum a quase todos os homens, este é o uso inadequado do falar. O apóstolo Tiago escreveu muito sobre o uso da palavra. "Todos nós sempre cometemos erros. Quem não comete nenhum erro no que diz é uma pessoa madura, capaz de controlar todo o seu corpo". (Tiago 3:2) Um dos usos impróprios da palavra ocorre quando murmuramos. A murmuração é um mal que está presente na vida da maioria das pessoas. É difícil encontrar hoje em dia alguém que não se queixe de nada. As más notícias e as reclamações contínuas já fazem parte do cotidiano das pessoas. Mas não deveria ser assim. A murmuração é resultado de um coração irado e ingrato; de uma vida que não reconhece as bênçãos que estão sendo derramadas por Deus a cada dia; de alguém que não aprendeu a viver na dependência da providência divina. Portanto, a murmuração, acima de tudo, é sempre contra Deus. O apóstolo Paulo em Romanos 9:20 nos mostra que o homem, quando se queixa, está se colocando contra a soberania de Deus: - "Mas quem é você, meu amigo, para discutir com Deus? Será que um pote de barro pode perguntar a quem o fez: - "Por que você me fez assim?" Jesus Cristo é o nosso maior exemplo. Ele tinha um coração agradecido: "Pai, graças Te dou..." Mesmo sendo em forma de Deus, submeteu-se sempre à vontade do Pai!
Em nossos relacionamentos precisamos praticar o bom uso das palavras. Em primeiro lugar, deve haver honestidade no falar. Mas essa sinceridade deve ser acompanhada de misericórdia, em vez de se tornar uma forma cruel de egoísmo para descarregar as frustrações nos outros. Jesus ensinou que o nosso falar deve ser "sim, sim: não, não. O que disso passar vem do maligno". Ou seja, devemos ser pessoas de palavra, pessoas que cumprem aquilo que falam. Até mesmo brincadeiras, consideradas inofensivas por seus autores, podem ser usadas para ferir a dignidade do próximo. É tão comum, infelizmente, palavras serem usadas para ferir, humilhar, expressando o que há de pior no interior daqueles que as utilizam. Do mesmo modo as calúnias e injúrias não devem fazer parte da vida de um cristão. Nessa categoria podemos incluir as fofocas e difamações. É incrível como muitos vivem preocupados com a vida do próximo, procurando apontar os defeitos dos outros, em vez de corrigirem seus próprios defeitos! Precisamos refrear a nossa língua! Prestaremos contas a Deus por nossas palavras! (Mateus 12:36-37)