Instituições financeiras consultadas semanalmente pelo Banco Central (BC) esperam que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), chegue a 9,32% este ano. Esta foi a 17ª elevação seguida da projeção. Na semana passada, a estimativa estava em 9,25%. Para o próximo ano, a expectativa é inflação menor: 5,43%. Na semana passada, a estimativa estava em 5,40%. As projeções estão acima do centro da meta de inflação, 4,5%. O teto da meta, 6,5%, deve ser estourado este ano. Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA acumulado nos primeiros sete meses do ano chegou a 6,83%, o índice mais elevado para o período de janeiro a julho desde 2003 (6,85%). Em 12 meses encerrados em julho, a taxa ficou em 9,56%. Para tentar trazer a inflação para a meta, o BC elevou a taxa básica de juros (Selic) sete vezes seguidas. A promessa do BC é entregar a inflação na meta em 2016. O BC indicou que não deve elevar a Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em setembro. Segundo o BC, os efeitos de elevação da Selic levam tempo para aparecer.