As crises econômicas travam o sistema produtivo, destroem os empregos, arrocham a renda do trabalho e desorganizam a vida em sociedade, gerando insegurança, precarização, pobreza e bloqueando a construção do futuro.
Em nova pesquisa, divulgada ontem referente à Região Metropolitana de São Paulo, mostrou que mais de 2,12 milhões de pessoas estão desempregadas.
O levantamento é da Pesquisa de Emprego e Desemprego divulgada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. O número representa uma ligeira alta no percentual de desocupados, que passou de 18,6% em abril para 18,8%.
Em comparação a maio de 2016, o resultado apresenta um crescimento de 7,2% no número de desempregados, o que representa 142 mil pessoas. O município de São Paulo teve uma pequena queda entre abril e maio passando de 18,6% para 18,3%. Na sub-região leste, que incluí as cidades de Guarulhos e Mogi das Cruzes, houve um crescimento de 19,9% para 21,8%, no mesmo período.
A construção civil fechou 17 mil postos de trabalho entre abril e maio, registrando uma queda de -2,8% no nível de atividade. No setor de serviços os cortes registraram 39 mil vagas, uma retração de 0,7%.
As quedas foram compensadas pela geração de 38 mil empregos na indústria de transformação, uma elevação de 2,9%. O comércio e reparação de veículos automotores teve 11 mil vagas, um crescimento de 0,7%.
Os rendimentos médios dos trabalhadores registram queda de -2,7% em abril deste ano em comparação com o mesmo mês de 2016, ficando em R$ 2.002. A indústria de transformação teve a maior queda na média das remunerações (-7,5%), que ficou em R$ 2.028.
Com os sinais de reação do mercado de trabalho, o Ministério do Trabalho vem tomando iniciativas para impulsionar a geração de empregos, ao mesmo tempo em que senadores analisam a proposta de modernização trabalhista, que também vai incentivar a contratação de mais trabalhadores no setor privado.
Entre as medidas que vêm ajudando no combate ao desemprego estão o Sine Fácil, um aplicativo de monitoramento de vagas de trabalho, e a Cota Social na Aprendizagem, um programa voltado para a contratação de jovens aprendizes.
Mas é importante que novas políticas públicas de combater ao desemprego sejam tomadas para aumentar os postos de trabalho.