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Jornal Diário de Suzano - 04/12/2024
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Editorial

Condições do ensino

13 outubro 2015 - 08h00

Melhorar as condições de ensino em todos os níveis tem sido um dos grandes desafios das administrações municipais, estaduais e federal. A situação ainda é aquém. O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola (IBGE). O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28%; 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler (Todos pela Educação); 20% dos jovens que concluem o Ensino Fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita (Todos pela Educação). Professores recebem menos que o piso salarial (et. al., na mídia). Ou seja, a situação preocupa. Mesmo assim há números que mostram um certo avanço. São Paulo, por exemplo, é o Estado brasileiro que oferece as melhores condições de ensino e aprendizagem para crianças e adolescentes. O resultado faz parte de uma pesquisa pelo Centro de Liderança Pública. O Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (Ioeb) avalia a situação de municípios e estados do ciclo infantil ao Ensino Médio, das redes públicas e privadas. A média paulista é de 5,1. O estudo leva em consideração os números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e critérios como escolaridade dos professores, experiência dos diretores, taxa de atendimento de crianças entre 0 e 6 anos e a jornada de aulas por dia. De acordo com a pesquisa, São Paulo está à frente de Minas Gerais e Santa Catarina, que obtiveram nota 5. O índice foi desenvolvido com apoio de pesquisadores do Instituto Península, da Fundação Roberto Marinho e da Fundação Lemann e deve servir de referência para mapear modelos e propor novas políticas públicas. Entre os 25 municípios mais bem colocados, 10 são paulistas: Novo Horizonte, Paranapuã, Monte Castelo, Birigui, Fartura, Atibaia, Cajobi, Junqueirópolis, Jundiaí e Tupi Paulista. Mas, mesmo diante desses números, considerados positivos no Estado, ainda é preciso melhorar e garantir, cada vez mais, garantia de qualidade de professores e no ensino oferecido. Desde o mês passado, o Estado de São Paulo vem enfrentando resistência por conta da reestruturação escolar.