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Jornal Diário de Suzano - 10/12/2024
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Editorial

Contas inativas do FGTS

08 julho 2017 - 05h00
Os trabalhadores com direito aos saques do último lote de retirada das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que começarão a ser pagos hoje pela Caixa Econômica Federal (CEF) devem utilizar até R$ 1,2 bilhão dos recursos no comércio e nos serviços.
É um dado positivo que poderá aquecer a economia do País, em meio à crise econômica.
É grande a expectativa para a geração de novos empregos por parte das indústrias.
Esta estimativa foi feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com base na projeção da CEF que o total dos pagamentos vão atingir R$ 3,5 bilhões. 
Uma pesquisa dessas entidades em 12 capitais, mostrou que 21% dos novos beneficiários pretendem usar o dinheiro na liquidação de dívidas em atraso, enquanto 20% planejam pagar pelo menos uma parte dos débitos vencidos. Entre os consultados, 21% declaram que vão utilizar o resgate para as despesas diárias e 22% vão guardar na poupança. Uma parcela bem menor, de 7%, pretende gastar com viagens.
Entre os trabalhadores já contemplados nas fases anteriores, 38% planejam quitar dívidas atrasadas e 39% pretendem reservar o dinheiro para os gastos no dia a dia. Um total de 6% empregou o dinheiro na regularização de parte de dívidas em atraso; 12% optaram pela poupança e 7% anteciparam o pagamento de prestações de crediário, casa e carro.
A pesquisa mostra ainda que mais da metade dos consumidores (54%) não têm direito aos saques e 10% desconhecem se têm este direito. 
O levantamento foi feito nas seguintes capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Participaram 800 entrevistados com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro foi estimada em, no máximo, 3,5 pontos percentuais, a uma margem de confiança de 95%.
O objetivo indireto do governo é fazer com que parte do dinheiro sacado pelos cidadãos contribua com o aquecimento da atividade econômica. 
É uma injeção de recursos que pode movimentar a economia também pelos cálculos do Ministério do Planejamento, a cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O total a ser distribuído é de cerca de R$ 30 bilhões (70% do total represado em contas inativas).