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Jornal Diário de Suzano - 26/07/2024
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Editorial

Estatísticas da segurança

27 maio 2017 - 08h00

Em 2015 o alerta já havia sido dado: o combate à violência precisa envolver o governo e todos da sociedade civil no Brasil, onde mais de 50 mil pessoas são mortas anualmente, sendo que quase 80% das vítimas são jovens de 16 a 28 anos. Anunciado em julho de 2015, pelo governo federal, o Plano Nacional de Redução de Homicídios tinha meta de reduzir em pelo menos 5% essas ocorrências por ano. A iniciativa pretendia tirar o Brasil do sétimo lugar do índice de homicídios na América Latina e do 11º no ranking mundial, conforme dados da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os desafios são imensos, principalmente porque cidades, regiões e Estado também se esforçam para tentar reduzir os casos de assassinatos. Ontem, o DS trouxe reportagem sobre os números de homicídios e latrocínios. Os números no País preocupam. Oitenta por cento das vitimas são jovens negros e pobres, que estão preteridos de todas as políticas sociais. São encurralados em confrontos com a polícia, saem em desvantagem, sem que a sociedade saiba as verdadeiras origens do confronto. Em Suzano, os número de homicídios registrados entre janeiro e abril deste ano e o mesmo período do ano passado, na região, caíram 9,8%. Foram 46 casos, em 2017, e 51 ocorrências, em 2016. Em contrapartida, os Boletins de Ocorrência (B.O.s) de latrocínio dispararam. Com um crescimento de 350% nos casos, as cidades do Alto Tietê computaram nove ocorrências neste ano contra duas, do ano passado. Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). Nos casos de latrocínio, Suzano e Poá computaram o maior número de casos, com três cada uma. No ano passado, as duas cidades só haviam registrado uma ocorrência cada. Além delas, neste ano, Santa Isabel, Itaquaquecetuba e Ferraz de Vasconcelos registraram um caso cada. Com relação aos números de homicídios, Santa Isabel computou o maior aumento de casos da região, de 100%. Foram dois registros neste ano contra um no ano passado. Suzano teve o segundo maior crescimento (71,43%). A cidade computou sete mortes violentas no ano passado contra 12 registradas em 2017. Mais duas cidades tiveram aumento no número de casos. Poá, que passou de três registros, em 2016, para quatro, neste ano. Um aumento de 33,33%. A outra cidade que registrou cenário semelhante foi Itaquaquecetuba, com um crescimento de 36,36% dos casos, passando de 11 para 15 registros. É importante que os números caiam a partir de medidas de políticas públicas de segurança.