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Jornal Diário de Suzano - 26/07/2024
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Editorial

Greve geral

29 abril 2017 - 08h00

Escolas fechadas, ônibus e trens sem circular. Foram esses apenas alguns dos problemas enfrentados ontem na greve geral contra as reformas da Previdência e do trabalho. Em várias cidades do País, trabalhadores de diversas categorias participam da greve geral convocada pelas centrais sindicais. Na maioria das cidades, o transporte público - metrô e ônibus - não funcionou e as escolas e agências bancárias estavam fechadas. Os manifestantes protestaram com bloqueios de vias e rodovias. Ônibus, trens e a maioria das linhas de metrô ficaram paralisadas. Apenas um pequeno trecho da malha metroviária paulistana, a Linha 4 Amarela, que liga a Luz, na área central, até o Butantã, na Zona Oeste, funcionou durante a manhã. Os serviços do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) voltaram a funcionar parcialmente, na tarde de ontem. O comércio estava funcionando na cidade. E algumas das principais vias da Capital foram bloqueadas por atos de protestos. A greve é um “direito fundamental assegurado pela Constituição Federal”, que determina caber aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercer esse direito de greve. Mas diz também que uma greve é considerada ilegal ou abusiva quando não respeitadas as etapas descritas, como a comunicação com antecedência ao empregador, o acompanhamento do sindicato da classe ou de uma comissão constituída para realizar as negociações, quando impede ou afeta os direitos da coletividade, ou que seja mantida mesmo após acordo coletivo ou decisão da Justiça do Trabalho. De acordo com a Lei 7.783/89, durante o período de greve ocorre a suspensão do contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais do período serem regidas por acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho, ou seja, o empregado não ficará desamparado. Ontem, mesmo com algumas liminares proibindo a paralisação houve muitos transtornos. As linhas de ônibus urbanos também foram paralisadas e apenas pequenos ônibus coletivos fizeram percursos curtos dentro dos bairros periféricos da Capital. Em São Paulo, grupos de manifestantes bloquearam vias, formando barricadas com pneus, que foram queimados. Policiais da Tropa de Choque e bombeiros apagaram focos de incêndio. Alguns pontos da cidade que ficaram bloqueados foram a Avenida 23 de Maio, uma das principais ligações entre o Centro e a Zona Sul, a Avenida Tiradentes, que une a área central à Zona Norte, e também a Marginal do Tietê na altura do Terminal Rodoviário.