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Jornal Diário de Suzano - 17/04/2024
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Editorial

Manter-se saudável

24 junho 2019 - 23h59
Em tempos de comidas prontas, lanches e petiscos que agradam a vista e o paladar, fica difícil manter uma alimentação saudável e um padrão de qualidade de vida razoável. 
Temos o conforto de não ficar presos ao fogão, como nossas mães que ali produziam delícias que nutriam e preservavam nossa saúde, faziam feira com muita frequência onde compravam tudo fresquinho e se davam ao trabalho de valorizar cada prato esmerando no tempero, que apesar de simples nos deixava sempre aquele desejo de quero mais, apesar de saciados...
O café da manhã ou da tarde era farto com leite, queijo, manteiga, frutas e vitaminas, além de bolos e doces caseiros.
Nossas refeições eram sempre no mesmo horário e quando chegávamos das aulas ou do trabalho, encontrávamos a casa com aquele cheiro gostoso de refeição preparada com carinho.
Os tempos mudaram e passamos a nos alimentar mal e rapidamente, obrigando nosso corpo ter um duro trabalho de digerir tudo aquilo que consumimos e que na maioria das vezes nada tem de saudável, que inclui gorduras e bebidas calóricas, mas de sabor agradável.
Somamos a isso o estresse diário a que somos submetidos, com os horários das conduções sempre cheias e normalmente atrasadas, com o trânsito sempre congestionado para qualquer lugar que nos dirigimos a tensão que já é natural com nossa segurança e a atenção que temos que manter seja caminhando ou dirigindo nossos veículos por ruas e calçadas esburacadas, que parecem querer nos acolher nessas crateras urbanas.
Quando chegamos a casa no final do dia, na maioria das vezes não temos disposição para preparar uma alimentação fresquinha e gostosa, que nosso organismo precisa e, para facilitar nossa vida usamos aplicativos para pedir comida pronta e rápida, que nos é entregue em caixas de papelão que alteram o sabor, mas que saciam nossa fome rapidamente, nos dando chance de aproveitar o tempo para assistir TV ou ficar "conversando" no celular, mesmo que outras pessoas convivam conosco no mesmo espaço e, que poderiam trocar ideias e fazer planos, se de fato presentes ali estivéssemos... Mas só o corpo está ali ocupando espaço no sofá, a mente está longe e ausente.
Só nos damos conta do mal que fazemos a nós mesmos quando algum mal físico nos atinge, resultado do descuido e da falta de respeito para com nosso corpo...
Então, enquanto aguardamos o atendimento médico no espaço de espera de algum consultório ou hospital, nos damos conta que não ouvimos os lamentos que nosso corpo lançou aos nossos ouvidos, um dia com um pequeno mal estar, no outro com uma dor de cabeça intensa após consumir álcool em demasia, no outro, dores nas costas resultado da tensão acumulada por discussões no trabalho ou no lar...
Então ali, normalmente acompanhados de um familiar, nos damos conta como vivemos ausentes, envolvidos conosco mesmo, sem saber o que acontece ao nosso redor e o que fizemos com nossa vida.
Ali percebemos que não somos nada, pois, atingidos por algum malefício que causamos à nossa saúde, perdemos o controle sobre nossa vida e a entregamos aos cuidados de homens e mulheres que vão nos manipular, com atenção, mas que nem sempre conseguirão nos devolver a saúde e o tempo perdido...