Os alunos do Alto Tietê terão de se adaptar ao novo modelo do Ensino Médio, proposto pelo Ministério da Educação (MEC). Estima-se que nas cidades da região pelo menos 73,5 mil estudantes estão matriculados nesta faixa de ensino nas escolas municipais e estaduais.
A reforma do Ensino Médio já foi sancionada pelo governo federal, mas ainda depende de homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A reforma é uma mudança na estrutura do sistema atual do Ensino Médio. Segundo o MEC, trata-se de um instrumento fundamental para a melhoria da educação no País. Ao propor a flexibilização da grade curricular, o novo modelo permitirá que o estudante escolha a área de conhecimento para aprofundar seus estudos.
A Base Nacional definirá as competências e conhecimentos essenciais que deverão ser oferecidos a todos os estudantes e deve abranger as 4 áreas do conhecimento e todos os componentes curriculares. As disciplinas obrigatórias nos 3 anos de Ensino Médio serão língua portuguesa e matemática. A proposta também prevê que serão obrigatórios os estudos e práticas de filosofia, sociologia, educação física e artes.
A reforma prevê que os conteúdos sejam abordados com os alunos por meio dos "itinerários informativos", que serão distribuídos basicamente em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional. As escolas não serão obrigadas a oferecer todas as áreas, porém, deve conter pelo menos um dos itinerários. Os estudantes deverão ocupar 60% da carga horária com os conteúdos comuns determinados pela BNCC, os outros 40% serão aproveitados conforme a oferta das unidades escolares e o interesse do aluno.
O conselho deverá receber a BNCC do Ensino Médio ainda este ano e a homologação é prevista para 2018. Porém é importante ressaltar que a lei já está em vigor.
O Ministério disse que a mudança aproximará “ainda mais a escola da realidade dos estudantes à luz das novas demandas profissionais do mercado de trabalho. E, sobretudo, permitirá que cada um siga o caminho de suas vocações e sonhos, seja para seguir os estudos no nível superior, seja para entrar no mundo do trabalho”.
Estas mudanças devem começar a ser discutidas mais intensamente a partir do próximo ano. As escolas estaduais, por exemplo, ainda aguardam diretrizes para a discussão da reforma do Ensino Médio. É relevante que os estudantes acompanhem as mudanças e informações sobre o assunto para que saibam quais escolhas serão feitas.