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Jornal Diário de Suzano - 26/07/2024
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Editorial

Ocupação no comércio

25 agosto 2017 - 05h00
O setor comercial de uma cidade sempre é muito importante. Além de ser o maior ponto de influência ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH ), provoca a geração de empregos e circulação monetária, ou seja, coloca o dinheiro em movimento, alimentando a economia da cidade. Em municípios com pontos turísticos, o setor comercial é ainda mais forte em influência ao local.
Daí a importância. É sempre alvo de destaque quando o setor comercial está indo bem.
Nesta semana, os jornais da Capital mostraram que o setor do comércio ocupou 10,3 milhões de pessoas em 2015, mas registrou queda de 3,9% no número de postos de trabalho, em comparação ao ano anterior. 
Ou seja, a melhora ocorreu. Mas poderia ter sido melhor.
O resultado sofreu influência da redução do comércio varejista (-4,2%). Ainda assim, o varejo foi o segmento que mais empregou no período, representando 73,5% da força de trabalho. 
Os dados estão na Pesquisa Anual do Comércio (PAC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem, que avalia os dados dos segmentos empresariais do comércio brasileiro nas categorias comércio de veículos automotores , peças e motocicletas, comércio por atacado e comércio varejista.
Especialistas afirmam que no segmento varejista, as empresas são de menor porte. Então acabam tendo que empregar a maior parte do pessoal ocupado, porque existem muitas: 78% das empresas da PAC são do segmento varejista. Como há uma quantidade maior de empresas nesse segmento de comércio, ele acaba empregando mais.
A PAC 2015 mostra também que houve queda na massa salarial real (-1,7%). Nesse caso, o declínio do comércio por atacado (-2,4%) contribuiu para o desempenho. O setor fechou o ano com o pagamento de R$ 206,3 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Apesar de registrar o menor salário médio (1,7 salário mínimo), o varejo foi responsável por 63,3% dos salários, retiradas e outras remunerações. No atacado, o salário médio ficou em 2,9 e no segmento veículos automotores, peças e motocicletas, em 2,4 salários mínimos.
No universo de 1,6 milhão de empresas e 1,7 milhão de unidades locais, o comércio alcançou em 2015 a receita operacional líquida de R$ 3,1 trilhões, sendo que o atacado registrou a maior parte (45,4%), com R$ 1,4 trilhão. No comércio varejista, os hiper e supermercados atingiram a maior receita líquida de revenda (R$ 340,2 bilhões ou 24,7% do segmento). Também foram responsáveis pelos maiores salários, retiradas e outras remunerações (R$ 22,7 bilhões ou 17,3%). Se destacaram ainda no número de pessoas ocupadas, liderando com a média de 99 por empresa.
Especialistas afirmam que não é possível saber ainda se o impacto da crise econômica sobre o comércio se esgotou em 2015 e se a partir daquele ano vai ocorrer recuperação. 
Somente quando forem anunciados os dados de 2016 haverá condição de fazer esse tipo de análise. Mas é importante que o comércio sempre esteja bem para gerar oportunidades de emprego.