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Jornal Diário de Suzano - 10/12/2024
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Editorial

Pedágios mais caros

30 junho 2017 - 05h00
Rodovias privatizadas costumam oferecer pistas mais bem cuidadas, telefones para pedir socorro e boa sinalização. Tudo isso não é de graça. Na verdade, os pedágios podem ser bem caros, dependendo do ponto do País em que o motorista estiver.
A maioria dessas praças de cobrança está no Estado de São Paulo. Já nas regiões Norte e Nordeste do País, não há rodovias privatizadas. Muitas rodovias possuem pedágios distribuídos em vários pontos do trajeto. Essa é uma medida para fracionar o valor e tornar mais justo o pagamento. Paga mais quem utilizar trechos mais longos da mesma estrada.
O aumento dos pedágios é uma constante em São Paulo, por exemplo. Novamente, a partir de amanhã, os motoristas do Alto Tietê vão pagar mais caro pelos pedágios nas rodovias paulistas. Na região, o reajuste chega a 6,25%, na praça de Guararema, onde o valor vai passar de R$ 3,20 para R$ 3,40. Em Itaquaquecetuba, o aumento será de 2,85%, indo de R$ 3,50 para R$ 3,60. Os preços são referentes aos veículos de passeio.
O reajuste anual e a tabela completa com as novas tarifas foram publicados pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) no Diário Oficial do Estado (DOE) do último sábado.
As praças de pedágio da região – Guararema e Itaquá – fazem parte do lote 23, que também engloba São Jose dos Campos e Caçapava. Nestas o aumento será de R$ 0,20 e R$ 0,10, respectivamente. A tabela completa com as tarifas que passarão a vigorar a partir da zero hora de amannhã está disponível on-line.
A Artesp destacou que os índices autorizados são os menores em 11 anos. 
Em relação as motocicletas, o valor subirá de R$ 1,75 para R$ 1,80, em Itaquá. E de R$ 1,60 para R$ 1,70 em Guararema.
A Artesp informou que nos últimos seis anos (entre 2011 e 2016), a receita dos pedágios viabilizou R$ 36,6 bilhões em investimentos em obras, manutenção e operação dos 6,9 mil quilômetros de rodovias paulistas sob concessão. Além disso, considerando o mesmo período, R$ 2,5 bilhões foram repassados para 264 prefeituras paulistas a título do ISS-QN, imposto municipal que incide sobre a tarifa de pedágio. Essa verba pode ser utilizada livremente pelas administrações municipais para investimentos nas cidades, de acordo com as principais demandas.
Um estudo recente aponta ainda que as rodovias privatizadas têm recebido mais investimento que as bancadas pelo Estado.
Ao calcular o investimento por quilômetro de rodovia, o estudo aponta que em 2003 o privado era de R$ 159,9 mil, enquanto o público era de R$ 24,9 mil. No ano passado, os valores chegaram a R$ 253,9 mil (privado) e R$ 177,2 mil (público), o que aponta aumento do investimento dos governos, apesar de ainda distante do investimento privado.
A diferença, segundo o Ipea, pode ser explicada pelas extensões das rodovias.