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Jornal Diário de Suzano - 26/07/2024
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Editorial

Projeção para inflação

05 setembro 2017 - 05h00
A inflação é o aumento persistente e generalizado no valor dos preços. Quando ela chega a zero dizemos que houve uma estabilidade nos preços.
 
É quando há excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. As chances de a inflação da demanda acontecer aumentam quando a economia produz próximo do emprego de recursos.
Para a inflação de demanda ser combatida, é necessário que a política econômica se baseie em instrumentos que provoquem a redução da procura agregada.
 
Ontem, uma informação circulou nos jornais da Capital. O mercado financeiro reduziu a projeção para a inflação e aumentou a estimativa para o crescimento da economia este ano. De acordo cm o boletim Focus, uma publicação divulgada no site do Banco Central (BC), a expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país), foi ajustada de 0,39% para 0,5% este ano e mantida em 2% para 2018.
 
Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB do segundo trimestre do ano está com alta de 0,2% na comparação com primeiro trimestre, na série ajustada sazonalmente. Na comparação com o segundo trimestre de 2016, a variação do PIB foi de 0,3%.
A estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,45% para 3,38% este ano. Para 2018, a projeção do IPCA foi reduzida de 4,2% para 4,18%.
As estimativas para os dois anos permanecem abaixo do centro da meta de 4,5%, que deve ser perseguida pelo BC. Essa meta tem ainda um intervalo de tolerância entre 3% e 6%.
 
Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 9,25% ao ano. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a Selic, está marcada para hoje e amanhã. A expectativas das instituições financeiras é que a Selic seja reduzida nesta reunião em 1 ponto percentual para 8,25% ao ano.
 
Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação. Já quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. 
 
A expectativa do mercado financeiro para a Selic ao final de 2017 foi mantida em 7,25% ao ano. Para o fim de 2018, permanece em 7,5% ao ano.
 
A inflação era uma palavra mais presente na vida do brasileiro até meados dos anos 1990, principalmente antes do Plano Real. Somente depois da criação da atual moeda brasileira, o País pôde viver momentos de mais calmaria nos preços.