O DS traz, na edição de hoje, levantamento mostrando que de janeiro a março deste ano, o Departamento de Estradas de Rodagens (DER) registrou 4.752 multas por excesso de velocidade, na Rodovia Índio-Tibiriçá (SP-31). As penalidades correspondem à fiscalização da Polícia Militar Rodoviária Estadual (PMRv) e aos radares instalados na via. A contribuição da fiscalização eletrônica de velocidade para induzir o condutor a respeitar a velocidade regulamentada – que é um dos fatores de risco e gravidade mais importantes em acidentes de trânsito – é reconhecida em diversos estudos. A fiscalização é eficaz por ser permanente e por abranger todos os tipos de veículos que transitam na via monitorada. A lombada eletrônica, por ser mais ostensiva que os outros dispositivos, apresenta índices de respeito superiores a 99,9%, de acordo com as estatísticas geradas pelos equipamentos Perkons. No trecho de Suzano, a quantidade de multas indica que os radares estão contribuindo para tentar reduzir a velocidade dos carros em trechos altamente perigosos, tanto para os motoristas como para os pedestres. O Brasil é um dos primeiros países a utilizar a fiscalização eletrônica de velocidade por meio de equipamentos fixos, com a instalação das primeiras lombadas eletrônicas em 1992, e tem hoje um dos mais “exitosos” programas de monitoramento de trânsito. Dados do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) mostram que a implantação da fiscalização eletrônica em pontos críticos das rodovias federais e em trechos de vias urbanas contribuiu para a redução de aproximadamente 70% dos acidentes de trânsito. Por isto o Brasil foi citado como referência mundial em fiscalização eletrônica no livro "Reduzindo Acidentes", editado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O uso de equipamentos ostensivos, como as lombadas eletrônicas, foi decisivo para obter tais resultados, diferenciando o Brasil dos demais países. A expectativa agora, pelo menos, em Suzano é pela redução de acidentes e que os radares possam ser instalados de maneira regular para atender seu principal objetivo. Os motoristas, por outro lado, precisam respeitar a sinalização. Fazendo isso está respeitando “sua vida e a vida do próximo”.