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Jornal Diário de Suzano - 26/07/2024
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Editorial

Refugiados

24 junho 2017 - 08h00

O movimento emigratório que abala a Europa nos dias atuais tem sido interpretado por alguns como um “colapso humanitário”, por outros como um “grupo de risco”. Milhares de refugiados e imigrantes têm entrado clandestinamente na Europa por meio da Grécia, Macedônia e Itália, fugindo da Síria, Iraque e Afeganistão. Movidos pelo desespero, tentam alcançar a Alemanha, Suécia, França e Inglaterra. No mundo a questão dos refugiados assume dimensões mundiais preocupantes. Dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) dão conta da existência de 61 milhões de pessoas obrigadas a deixar os seus locais de origem devido a perseguição política e conflitos. A maior parte delas busca refúgio em países em desenvolvimento. Na terça-feira, dia 20 de junho, foi comemorado o Dia Mundial dos Refugiados. Para celebrar a data foi realizado na Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania o I Encontro Estadual sobre Migração e Refúgio. No evento realizado na segunda-feira anterior na sede da secretaria, em iniciativa conjunta com o escritório do Acnur no Brasil e pelo Comitê Estadual para Refugiados (CER/SP), a diretora de Migrações e Refúgio do Comitê Nacional para Refugiados (CONARE), Silvana Borges, disse que neste ano já foram protocolados 10,5 mil pedidos de refúgio no Brasil. O órgão é responsável pela análise das solicitações de pedidos de refugiados, encaminhadas pela Polícia Federal. O Centro de Integração do Imigrantes (CIC do Imigrante) também foi tema de um dos painéis do encontro. O programa da Secretaria da Justiça foi criado pelo governo do Estado para promover o acesso de imigrantes e refugiados a direitos e programas sociais. O equipamento surgiu a partir da crise que marcou a entrada em massa no país de imigrantes do Haiti, devido ao terremoto que provocou milhares de vítimas e arrasou a economia local, em 2010. De acordo com dados da coordenadora da unidade, Silvana Pereira, foram atendidas em 2015, 1.547 pessoas, a maioria delas provenientes do Haiti. Em 2016, esse número subiu para 4.036 atendimentos e este ano está em 1.759 atendimentos. No CIC, imigrantes e refugiados contam com diversos tipos de serviços, que incluem o encaminhamento para retirada de documentos de identidade e carteiras profissionais, e participação em programas sociais, na área da saúde, educação e justiça. A questão é importante que seja tratada como assunto humanitário, garantindo direitos e acolhimento necessário aos refugiados.