sexta 26 de julho de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 26/07/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Editorial

Só 0,78%

23 abril 2017 - 08h00

O País passa por dificuldades econômicas, o que reflete diretamente no mercado de trabalho e na produção industrial. A luta para combater o desemprego passa também pelo condicionamento da riqueza do País. E como medir isso? Na semana passada, o Monitor do Produto Interno Bruto (PIB)-Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicou que o PIB (a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) cresceu 0,78% de janeiro para fevereiro na série com ajuste sazonal, registrando a segunda variação mensal positiva consecutiva da série. Os dados foram divulgados, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). O indicador estima mensalmente o PIB em volume e tem por objetivo, segundo a fundação, “prover a sociedade de um indicador mensal do PIB, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais do IBGE”. Para o coordenador do monitor Claudio Considera, os dados confirmam os sinais de que a economia brasileira vem se recuperando. A recuperação, sem dúvida, pode não ser tão consistente, mas contribui de forma direta para uma recuperação. Pelo levantamento, os números da média móvel trimestral, ao fechar fevereiro com expansão de 0,15%, confirmam a recuperação. Na comparação com o trimestre terminado em novembro de 2016, o PIB, ao expandir 0,15%, acusou a primeira taxa positiva após oito trimestres negativos consecutivos. Agora, é de se esperar que este ano o PIB volte a fechar positivo, embora ainda não se possa mensurar a magnitude do crescimento. Na semana passada, a FGV ressaltou, porém, que a taxa trimestral móvel do PIB no trimestre encerrado em fevereiro, quando comparada com o mesmo período do ano anterior, apresentou queda de 0,9%. Nesta comparação, no entanto, o PIB tem apresentado recuperação desde janeiro de 2016 quando a taxa apresentou recuo de 6%. Segundo a FGV, no setor industrial, a única variação negativa apresentada nesta comparação é a da atividade de construção (-7%), enquanto que, no setor de serviços, apenas serviços imobiliários (+0,1%) e administração pública (+0,1%) tiveram variações positivas. O consumo das famílias recuou 2% no trimestre fechado em fevereiro na comparação com o mesmo trimestre de 2016. Já em termos monetários, o PIB de fevereiro, em valores correntes, alcançou R$ 530,46 bilhões, acumulando no ano R$ 1,53 trilhão. A expectativa de uma recuperação sempre existe e, para isso, acontecer as riquezes têm de crescer para garantir a viabilidade econômica.