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Guarda Costeira encontra destroços de submersível e confirma mortes de todos os tripulantes

Submersível fazia expedição até destroços do Titanic quando perdeu comunicação; caso foi acompanhado pelo mundo e dominou as redes sociais no Brasil

22 junho 2023 - 17h23Por Daniel Marques - da Redação

A Guarda Costeira dos Estados Unidos localizou, na tarde desta quinta-feira (22), destroços do submersível que havia desaparecido no último domingo (18) no Oceano Atlântico Norte, durante uma expedição aos destroços do RMS Titanic, naufragado em 1912. Os cinco tripulantes estão mortos, de acordo com a OceanGate, empresa que promove as expedições até o Titanic.

Em entrevista coletiva iniciada por volta das 16 horas, a Marinha norte-americana informou que, pela forma em que foram encontrados os destroços, tudo indica que o submersível sofreu uma “implosão catastrófica”. As famílias das cinco vítimas já foram comunicadas.

Foram encontradas cinco grandes partes do Titan (nome do submersível). O casco onde ficavam os ocupantes do submersível foi encontrado dividido em três partes, distantes cerca de 500 metros do Titanic. Os destroços encontrados são consistentes com uma perda de pressão da cabine, que gerou a implosão. O robô americano Odysseus 6K também encontrou detritos próximos ao Titanic.

Em entrevista à CNN Brasil, o diretor do Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Sumida, explicou que a pressão da água a cerca de 3,8 mil metros de profundidade pode ter provocado a implosão.

“O que pode ter acontecido é que esse casco foi sofrendo deformações com o uso em altas profundidades, e quando eles mergulharam desta vez, chegaram em uma pressão crítica que fez com que o casco implodisse. Eu acho que ele deve ter implodido logo quando foram perdidas as comunicações, porque chegou naquela pressão crítica. Talvez esteja ligado a alguma fraqueza neste casco”, disse.

O submersível perdeu contato cerca de 1h45m após a descida, informou a Guarda Costeira. Ao longo de quatro dias, o mundo acompanhou o caso e o assunto sempre foi um dos mais falados nas redes sociais no Brasil, por conta da complexidade do caso e das motivações que levaram as vítimas até as profundezas do Atlântico.

Estavam no submersível o empresário paquistanês Shahzada Dawood; seu filho, Suleman Dawood; o bilionário empresário e explorador britânico, Hamish Harding; o maior especialista no naufrágio do Titanic, Paul-Henry Nargeolet; e o diretor-executivo da OceanGate, Stockton Rush.