sexta 26 de julho de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 26/07/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Nacional

Plenário do Senado aprova recondução de Rodrigo Janot por 59 votos a favor

27 agosto 2015 - 08h00

Sob críticas de senadores pelos rumos tomados pela Operação Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi aprovado ontem pelo Senado para mais um mandato de dois anos. Em votação secreta do plenário, 59 senadores votaram a favor da recondução de Janot, 12 foram contrários e houve uma abstenção. Mais cedo, ele havia sido aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa por 26 votos a favor e um contra. Durante a sabatina, O chefe do Ministério Público Federal negou com veemência ter feito um "acordão" com o governo para, em troca de ser reconduzido, livrar a presidente Dilma Rousseff (PT) das apurações da operação e destacou que as investigações vão "até onde as pessoas foram". O procurador-geral deu início ontem às respostas aos questionamentos feitos pelo senador Fernando Collor (PTB-AL), na sabatina no Senado, com a afirmativa de que seu trabalho é profissional. "Minha posição é, foi e será firme no combate à corrupção", disse. O clima da participação de Collor foi tenso e Janot pediu por mais de uma vez para não ser interrompido pelo senador. "Vossa excelência não me interrompa", disse Janot, pedindo que tivesse seu direito de manifestação assegurado pelo colegiado. Ao ter sua fala interrompida mais uma vez por Collor, Janot repetiu. Posso esclarecer, senador. Posso lhe esclarecer?" As interrupções foram feitas enquanto Janot respondia a questionamento feito por Collor sobre a atuação do PGR como advogado em uma causa que envolve a Braskem, empresa da qual a Petrobras tem participação acionária. O procurador-geral explicou que a atuação como advogado é permitida para procuradores que ingressaram no Ministério Público antes da Constituição de 1988, o que é o seu caso. Ele disse ainda que a causa em que atuou era referente a uma discussão rescisória que teve início em 1997 envolvendo uma empresa chamada Salgema, que depois foi adquirida pela empresa Trisquem e só posteriormente pela Braskem. Ou seja, que não havia participação de capital da Petrobras quando Janot atuou no caso. Depois de ouvir de Collor acusações de que seu irmão teria cometido crimes e figurou a lista de procurados pela Interpol em 1995, Janot respondeu que não se manifestaria sobre uma pessoa que "não está mais aqui para se defender", esclarecendo que a pessoa citada indiretamente por Collor era seu irmão.