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Jornal Diário de Suzano - 05/05/2024
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Colunista

Cuidados com os idosos

23 dezembro 2015 - 07h00

lorena-burger-jurada-do-c-de-cronica-frrÀs vezes observo cenas de carinho com os idosos da família que emocionam, pelo zelo, pelo amor que se percebe no tratamento dispensado aqueles que nos antecederam. Vemos também cenas, que podem não nos chocar, mas, se tornam menos comovente, apesar de demonstrar cuidados... Uma elas vou descrever, um veículo acaba de estacionar ao lado de um portão de garagem e dele desce um rapaz forte, certamente praticante de alguma modalidade esportiva, a atenção para com a idosa que ajuda a sair do carro é de zelo e respeito... A conversa que se segue, percebe-se que apesar de tentar auxilia-la reclama da dificuldade com que ela se locomove, sem notar, que o banco traseiro do carro é um lugar bastante incomodo para as pessoas mais velhas, apesar de ser aparentemente mais seguro. Ela não usava o cinto de segurança, isso já é fator importante para que se machuque caso ocorra um acidente, o espaço entre o banco e a porta é pequeno e dificulta a saída dela que não tem onde apoiar, se estivesse no banco da frente, teria sido muito mais fácil para ela sair e ele ajudar e amparar para que se sentisse segura... Com o veículo estacionado na rua, ela teve que caminhar com dificuldade até o portão da residência, que não ficou tão próximo... Talvez se tivesse estacionado no interior da garagem, em local plano seria um pouco mais fácil para aquela senhora, já arcada com o peso dos anos, caminhar e se locomover... Acredito que no afã de auxiliar, muitas vezes não percebemos que estamos dificultando a locomoção dessas pessoas mais velhas. Na maioria dos casos eles já ficam mais deprimidos por perceberem que suas forças não são as mesmas de outros tempos e, apesar de se esforçarem para nos acompanhar, seus passos são titubeantes e inseguros... Quando fazem uso de muletas, bengalas e andadores devemos ter cuidado, mas devemos também procurar não atrapalhar seus passos, o zelo não deve interferir na trajetória, pois, a dificuldade de locomoção não é sinônimo de deficiência de raciocínio. Para aquelas pessoas que o tempo passou e levou a agilidade é sempre difícil aceitar que vai precisar de auxílio para tudo que fazia com liberdade e muita independência, então entendo que sempre devemos perguntar no que podemos auxiliar, demonstrando que confiamos e só queremos ajudar. Melhor seria, se as calçadas fossem planas, sem buracos, as guias estivessem em boas condições de acesso para quem tem dificuldade para mudar os passos ou que faz uso de cadeira de rodas ou de qualquer outro objeto de apoio para caminhar... Infelizmente nossas calçadas pregam peças até mesmo nos jovens que tropeçam e caem em buracos e desníveis nelas existentes. Carinho, atenção e muito amor é a melhor maneira de demonstrar que nos preocupamos com os idosos de nossa família, sempre buscando mostrar que confiamos neles, afinal quando éramos bebes foram eles com que boa vontade amor e atenção nos ensinaram os primeiros passos, as primeiras palavras...

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