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Jornal Diário de Suzano - 13/12/2025
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Coluna

Tudo é clima

11 dezembro 2025 - 05h00


A realização da COP30 no Brasil foi o gatilho para que a questão climática entrasse no radar de todos e não saísse mais. E tem de ser assim mesmo. O maior desafio já enfrentado pela humanidade é o aquecimento global, gerado pela excessiva emissão de gases perniciosos, causadores do efeito-estufa.
Este ano de 2025 será o terceiro mais quente da História que o ser humano construiu no planeta. 
As ondas de calor causam mortes e incrementam comorbidade que não existiria se não tivéssemos destruído a cobertura vegetal que nos aguardava quando começamos a densificar a ocupação do solo. Os sistemas de saúde acusam muitas internações durante esse período. 
O calor não vai aparecer no assento de óbito das pessoas. Mas é aquilo que provocou AVC, enfarte, embolia, outras enfermidades cardiorespiratórias que matam de forma adoidada.
Por isso, cuidar do clima é cuidar da saúde. É economizar. 
Fica muito mais barato multiplicar o número de árvores de uma cidade do que construir novos hospitais. Estes, só se tornam necessários por causa de nossa omissão ao cuidar da Terra. 
A economia depende do clima. As altas temperaturas atrapalham o cultivo. As tempestades acabam com as lavouras. O desmoronamento de casas requer reconstrução e isso custa dinheiro. Até o esporte fica prejudicado por causa do clima. 
Tamires, jogadora de futebol que disputou duas Copas do Mundo, assinou uma carta em que afirma que a mudança climática é um dos adversários mais difíceis que os atletas enfrentam. Jogar futebol no Brasil passa a ser uma aventura perigosa. E isso vale para os demais esportes: corrida, tênis, voleibol, basquete, etc. 
Por isso é que, a despeito dos resultados concretos da COP30, é preciso estar atento e não descuidar do mínimo zelo em relação ao ambiente. 
A urgência maior é o plantio de árvores. 
Somos fabricantes de desertos. A motosserra destrói em alguns minutos aquilo que a natureza levou séculos para nos oferecer.
Triste animal o homem: considera-se racional, mas age de maneira tal, que a irracionalidade parece constituir sua mais típica característica.