Setembro é um mês peculiar é nele que está o início da primavera, talvez a mais esperada estação do ano, aquela que vem com mais Sol aquecendo e iluminando, com as mais diversas flores colorindo a paisagem, dando um ar festivo a vida.
É também um mês marcado por cores bastante significativas, falamos muito no Amarelo da prevenção ao suicídio, o Dourado que busca incentivar o diagnóstico precoce do câncer infanto juvenil, dando mais chance de vida para crianças e jovens, o Vermelho que trata da prevenção das doenças cardiovasculares, com incidência imensa entre jovens na atualidade, o Verde que trata da inclusão de pessoas com deficiência, valorizando sua capacidade, promovendo a acessibilidade ao mercado de trabalho, à educação irrestrita, à saúde, combatendo com firmeza a exclusão dessas pessoas, permitindo que tenham direitos iguais.
O Verde também é a cor de outra campanha inclusa no mês de setembro e, que deve ser divulgada durante todo o ano, para conscientizar as pessoas sobre a doação de órgãos e tecidos.
Todos temos que entender que o corpo físico somente tem utilidade para a pessoa enquanto tem vida, que após a morte cerebral constatada aquele ser deixa de existir fisicamente e, o seu destino será o sepultamento ou a cremação.
Entretanto, se olharmos com mais atenção o mundo que nos rodeia, vamos perceber que aquele corpo agora sem vida pode ser útil, salvando muitas vidas, as famílias imbuídas de um sentimento fraterno e generoso, permitem que muitas pessoas passem a ter uma qualidade de vida melhor por conta da doação de órgão daquele corpo, agora inerte.
O coração, rins, fígado, pâncreas, pele, pulmão, córneas, podem permitir que vidas prossigam com mais qualidade, graças a doação de órgãos. No Brasil ainda não há nenhum documento onde a pessoa estabeleça que deseja fazer a doação de seus órgãos, quando muito ela pode conversar sobre o assunto com a família e deixar claro o seu desejo de ser doador quando a vida lhe faltar.
No após morte a família será consultada, e o tempo será sempre mínimo para a decisão, pois, cada órgão tem um tempo útil para ser preparado para o transplante que pode ocorrer na maioria das vezes em local distante de onde se deu o falecimento.
Esse ato generoso de permitir a doação, transforma a vida de muitas pessoas que dependem de um novo órgão para sobreviverem e que estão na fila de espera há longo tempo, infelizmente por conta da dificuldade de encontrar doadores.
Para aquele ente querido que partiu, nenhum órgão fará falta, nada mais será útil para ele e, graças a doação ele sobreviverá de outra maneira, com o coração batendo em outro peito, permitindo que a vida prossiga num outro ser desconhecido, mas que será grato enquanto viver.
A conscientização sobre a doação deve ser assunto entre os familiares de maneira simples e até corriqueira, pois, morrer é uma certeza para todos nós, então discutir o que pode ser feito com nossos órgãos quando nossa vida findar deve ser tratado de maneira clara e objetiva, para que não cause mal-estar quando o momento final chegar.
Muitos temem a deformidade do corpo para o sepultamento, mas, é necessário entender que a medicina tem imenso respeito pelo doador e esse corpo será tratado com atenção e carinho, como se vida ali ainda houvesse, por esse motivo essa é uma preocupação desnecessária.
E a gratidão dos receptores será imensa, emitindo boas vibrações aos doadores e seus familiares.




