Projetos novos, dignos de serem realizados, espera o prédio onde no passado funcionava a Fabrica Vinícola Sovis, perto do antigo Hospital Campos Salles, e o atual hospital São Nicholas.
Repetidas vezes me deparo com o local que mereceria ser reformado.
Se a Prefeitura, que é dona do local, iniciasse a reforma, com as necessárias modificações, mais uma outra obra poderá dar novo brilho ao Centro da cidade. Como queria que esta ilusão virasse realidade.
O prédio serviu, durante um certo período, como Restaurante Popular, mas ao longo de muitos anos, a começar dos anos 40, havia no local a Vinícola Sovis. A fábrica que produzia vinho e champanhe, ocupava um quarteirão, entre as ruas; Felício de Camargo, Monsenhor Nuno e Presidente Rodrigues Alves.
O proprietário era um italiano, Amadeu Mazza que comprava uva no Rio Grande do Sul e com os caminhões a trazia para Suzano. Com o nome dele nasceu o bairro de Vila Mazza. O impacto crucial com os vinhos que vinham do Sul do Brasil, enfraqueceu o comércio do vinho local. Isso levou o empresário a dispensar muitos funcionários suzanenses que trabalhavam na produção do vinho e a fechar a fábrica em 1977.
Abriu-se um período durante o qual o prédio ficou trancado, silencioso e vazio, fatalmente sujeito a coisas desagradáveis, como um grave incêndio no final dos anos 70. Um passo importantíssimo foi dado durante a administração do prefeito Marcelo Cândido, que adaptou o prédio para um restaurante popular. Os pobres da cidade ficaram agradecidos, pois havia refeições ao custo de 1 Real.
Eu balançava a cabeça quando passava por ali e via uma fila imensa de pessoas, a maioria idosos e aposentados, debaixo do sol, da chuva, esperando sair os que já tinham almoçado. Retrato de seres humanos que precisavam conter-se financeiramente e com austeridade por não ter de onde tirar o dinheiro.
Tinha cardápio e comida para comer bem e certa vez entrei no restaurante e experimentei a comida distribuída ao povo. Com o fechamento do Restaurante Popular localizado perto do atual Hospital São Nicholas, acabou a festa.
O prédio levou uma certa vantagem ao ser reutilizado pelo prefeito Paulo Tokuzumi e também pelo prefeito Rodrigo Aschiuchi, como salão social, para confraternizações com idosos, professores e funcionários.
Hoje, se olharmos o prédio, é forçoso conformar-se com uma triste e deprimente realidade. Está sem vida, morrendo cada dia. Quem tanto amava trabalhar na produção de vinho, levaria um susto ao vê-lo abandonado, mas colocado em segurança, porém, sem guardas, apenas mantido todo fechado, para não ocorrer invasões por parte de moradores de rua. De fato, houve um período que, sobretudo à noite, olhando a área externa, num canto todo escuro havia os irmãos de rua que com seus cachorros passavam a noite dormindo ao ar livre. Era gente obrigada a passar as noites, deslocada de suas casas e famílias
Podemos dizer que o local poderia ficar pior se marginais adentrassem ao prédio.
Se houver um novo projeto levado adiante pela atual Administração, comandada pelo prefeito Pedro Ishi, será possível ver o público ficar boquiaberto olhando uma outra obra, exaltando e prestigiando o mandado do atual prefeito que vem trabalhando a todo vapor, num ritmo frenético para levar adiante o crescimento da cidade



