Um clima diferente agita á Praça João Pessoa. Clima de luzes, de fraternidade, clima de Natal. Nesse cenário resplandece um sinal novo do poder público em prol de uma tradição religiosa que o povo vem cultivando em honra de Deus Amor, Deus Menino, Deus Pequeninho.
Não é novidade o Natal de Luzes na Praça João Pessoa. Esta já foi palco de cenários natalinos e encenações religiosas que levaram centenas de pessoas a se unirem no louvor, na diversão e nas lindas notas de música e cantos polifônicos.
O cenário natalino deste ano foi surpresa. A ausência teria feito grande falta e causado muita frustração. Há, sim, respingos de chuva que atropelam a festa e a participação, mas também há raios de ternura e de luz.
À noite, o cenário adormece no silêncio, como criança sob o olhar da Mãe-Igreja.
Um silêncio que transborda para além do tempo noturno, porque como a semente aproveita o silêncio da terra de dia e de noite para a germinar, assim, do silêncio natalino, do silêncio de Deus, devemos aproveitar também nós de dia e de noite, para termos condições melhores de produzir frutos de boas obras.
No silêncio, o espírito torna-se calmo e tranquilo, doce e suave, puro e forte, porque restaura as forças físicas e espirituais. O Silêncio é eterno, é divino, é sublime.
Mergulhar no cenário natalino e no silêncio divino nos faz criaturas humanas na carne e criaturas divinas na alma.
No corpo e na alma o ser humano é destinado a ser um outro Cristo aqui na terra.
Projeto maior não existe. O cristão é maior que todos os homens de poder.
Ele reveste-se de luz divina e transmite um poder e uma força incomuns, por meio do amor e da caridade, da justiça e da retidão.
O povo celebra esse momento sentindo-se iluminado e pronto a iluminar.
O cenário natalino é belo e importante, mas não é tudo. Às vezes é mera conveniência e formalidade. Se não houver a substância e o cheiro do Natal dentro do coração, o fascínio natalino perde toda a sua beleza.
Somos luz, somos da luz. A luz que se faz em mim vem de Deus e enche o nosso coração de justiça, liberdade e beleza.



