Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, gosta de estar no centro das notícias. Seu sucesso como apresentador de TV nos anos 2000, no programa O Aprendiz, que no Brasil ficou marcado com Roberto Justus e João Doria, teve origem com o empresário e presidente americano em 2004.
MUNDO EM FOCO todos os domingosAli, Trump moldou seu perfil, que tornou sua desenvoltura em frente à TV um diferencial que segue até hoje e é o destaque de sua trajetória política.
Relembrando os tempo de O Aprendiz, Trump conseguiu nesta semana estar no centro das notícias em duas ocasiões.
Na segunda-feira, uma reunião por videochamada com Lula tomou conta dos noticiários. A reunião pegou todos de surpresa, ninguém da imprensa esperava.
O encontro chocou todos, mas de um jeito negativo para a ala bolsonarista e jeito positivo para os petistas.
O encontro já selou: Trump e Lula vão se reunir na Cúpula Malásia em outubro. Após a “química” que “rolou” entre os dois na ONU em setembro, a reunião da última segunda-feira foi o ápice. Trump, segundo jornalistas da grande mídia, riu com Lula sobre a idade de ambos (79 anos), e pelas redes sociais o republicano disse: “Um bom homem”, se referindo ao petista.
Acontece que políticos de direita têm colocado em cima dessa reunião uma dúvida: Trump estaria “armando” uma emboscada.
Minha sincera opinião, como analista de geopolítica, é de que Trump percebeu o que fez de errado. Na realidade, a impressão que passa agora é que tudo o que envolveu o Brasil: tarifaço de 50% (o segundo maior do mundo, atrás só da China que foi taxada em 65%), Lei Magnitsky contra ministros do STF, visto negado a ministros de governo, tudo isso não passou pelas mãos de Trump.
A impressão é que o filho de Bolsonaro, Eduardo, que está em Washington há quatro meses, tem intermediado tudo isso, mas sem o aval direto de Trump, que agora, com a crise e a inflação aumentando por lá, se tocou da “mancada” que deu.
Marco Rubio, o ministro das Relações Exteriores do governo Trump, é quem intermediou as conversas de Eduardo com a Casa Branca. Ele, ao que indica, não comunicou Trump sobre as decisões. Assim, o tarifaço e tudo o que se seguiu não teve aval do republicano que agora tenta arrumar a casa.
Brasil e Estados Unidos tem uma relação de mais de 200 anos. E, apesar do tarifaço de 50%, o Brasil não sentiu, pois outros compradores surgiram (leia matéria ao lado).
Aguardemos os próximos capítulos, mas uma solução positiva ao governo Lula deve vir.
Outra novidade da semana foi o fim da Guerra em Gaza. Trump conseguiu. Sua reunião e acordo firmado com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no começo da outra semana, surtiu efeito.
Hamas e Israel chegaram a um acordo, depois de mais de 2 anos de guerra.
O único apontamento que faço é sobre o acordo: ele não inclui a criação de um Estado da Palestina, algo pleiteado por muitos outros Estados, como o Brasil.
Fato é que a crise interna em Israel já não sustentaria mais o primeiro-ministro, e ele, movido pelo poder de seguir no cargo, agora aceitou um cessar-fogo.
Por fim, quero fazer uma citação honrosa e os sinceros agradecimentos ao capoeirista suzanense, Mestre Amaro, que me parabenizou nesta semana pela coluna. Obrigado pelo apoio e sucesso sempre!




