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Jornal Diário de Suzano - 04/12/2025
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Coluna

Orando pelos que nos perseguem

12 outubro 2025 - 05h00

Parece simples, mas não é. Jesus nos mandou amar e orar por aqueles que nos perseguem, pelos inimigos. -"Vocês ouviram o que foi dito: "Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos. Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu. Porque Ele faz com que o sol brilhe sobre os que fazem o bem como para os que fazem o mal. Se vocês amam somente aqueles que os amam, por que esperam que Deus lhes dê alguma recompensa?" (Mateus 5:43-46) Amar os inimigos é um grande desafio. Ser cristão de verdade é sempre desafiador! Na maioria das vezes fechamos a cara para os que nos prejudicam, reclamamos, ficamos ressentidos, dizemos palavras rudes contra aqueles que nos perseguem e, até, desejamos interiormente que eles se deem mal. Guiados pela nossa natureza humana, queremos vingança. Desejamos o "olho por olho, dente por dente". Queremos a reparação proporcional dos males sofridos. E o Estado, através do seu sistema de justiça, toma para si a responsabilidade da reparação, tornando-a mais objetiva. Todavia, as regras para que se faça justiça são limitadas e falíveis, muitas vezes injustas até. Trata-se de um mal necessário. Por isso os sistemas de justiça devem ser aprimorados. 
A ética de Jesus vai muito além da reparação do mal sofrido. Mesmo porque nem sempre isso é possível. Ela envolve a prática do amor, da bondade e da misericórdia em relação aos inimigos. Ela é baseada na graça. Amar os inimigos e orar pelos que nos perseguem foi um novo mandamento deixado por Jesus. O que significa que não se trata de uma opção, se quisermos ser obedientes a Jesus. O nosso mundo está cheio de violência e desejos de vingança. Em pleno século XXI presenciamos os "muros" se levantarem por todos os lados. Enquanto muitos estão por aí defendendo a tese do "olho por olho, dente por dente', a Bíblia conta a história de uma mocinha, escrava hebreia, que foi porta-voz de uma notícia que significou a cura da lepra para o general Naamã. A menina contou para a patroa que na cidade de Samaria havia um profeta de Deus (Eliseu), que poderia ajudar Naamã a ficar livre da lepra. Naamã foi procurar o profeta, resistindo às orientações dadas por ele. Mas, por fim, resolveu ceder. Depois de mergulhar sete vezes no rio Jordão, conforme as instruções do profeta, foi curado. Tornou-se, então, um adorador do Deus de Israel. (II Reis 5) Essa menina, provavelmente uma adolescente, tinha sido levada como escrava pelos exércitos do próprio general Naamã. Ela teria muitos motivos para guardar ódio e ressentimento. E querer vingança! No entanto, não agiu motivada pelos maus sentimentos. Quando o seu inimigo precisou dela, não encolheu as mãos, não reteve as informações que fizeram a diferença entre a vida e a morte para Naamã. Não pagou o mal com o mal. O nome dela nem aparece na história bíblica. Mas o que ela fez jamais será esquecido! 
José do Egito é um bom exemplo de alguém que também não pagou o mal com o mal. Rejeitado, vendido como escravo pelos irmãos, José, muitos anos depois, encontra-se numa situação privilegiada em relação a eles. Poderia vingar-se deles, mas decide perdoar àqueles que lhe causaram tanto sofrimento: - "Vocês, na verdade, intentaram o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer aquilo que vocês estão vendo agora - conservar a vida de muita gente, inclusive a de vocês". (Gênesis 50:18-20) A motivação dos irmãos de José foi mesquinha - e ele deixou isso claro. Mas Deus fez todo aquele mal se transformar em bênção para todos eles. Orar pelos que nos perseguem nos faz mais semelhantes a Cristo; também, nos liberta da raiva e do rancor, provocando uma transformação em nosso interior. Orar pelos que nos perseguem é permitir que o Espírito Santo faça a obra em nós, no coração dos nossos opositores e na situação. Jesus, na cruz, nos dá o exemplo: - "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!"