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Economia

Varejo pode ter a 1ª queda nas vendas em 12 anos

17 junho 2015 - 08h00

O varejo caminha para ter, neste ano, a primeira queda nas vendas em 12 anos. Até abril, o setor ainda acumula avanço de 0,2% em 12 meses, mas cinco dos oito segmentos investigados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já migraram para o vermelho. O último a sucumbir foi o de hipermercados e supermercados, que responde por quase metade de tudo que é comercializado no varejo restrito (sem incluir veículos e material de construção). O setor é muito sensível à renda das famílias, em queda nos últimos meses. "(O recuo nas vendas) Não é algo de que o comércio irá escapar este ano", afirmou o economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Após o resultado de abril, ele revisou a projeção para o ano para baixo, agora em retração de 1,1%. Será a primeira baixa nas vendas desde 2003. A economista-chefe da ARX Investimentos, Solange Srour, espera um resultado ainda pior, com queda de 2,5% sobre o ano passado. O desempenho do varejo em 12 meses, indicador menos sujeito a interferências pontuais e útil para identificar a tendência da atividade, vem piorando desde o início de 2013. Por um lado, parte da demanda por móveis, eletrodomésticos e veículos foi suprida com os estímulos do governo ao consumo. Por outro, houve desaceleração da renda e do mercado de trabalho no período, enquanto o endividamento aumentou. Assim, os brasileiros ficaram cada vez mais próximos do limite de seus bolsos. Em abril, a situação piorou bastante. As vendas no varejo despencaram 3,5% na comparação com igual mês do ano passado - o pior resultado para o mês desde 2003. Isso deprimiu ainda mais a performance do setor em 12 meses. "Você tem um quadro de restrição orçamentária, comprometimento da renda já há algum tempo e um quadro de incertezas. Diante do quadro negativo, é normal que o consumo das famílias caia", disse Juliana Paiva Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.

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