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Jornal Diário de Suzano - 12/01/2025
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Caderno D

Florbela Espanca

20 junho 2015 - 08h00

“Quando conheci as poesias de Florbela Espanca, o que mais me chamou a atenção foi a sua intensidade. Ela parecia viver exatamente o que escrevia. Um misto de amor e dor”. É assim que a atriz e dramaturga paranaense Lorenna Mesquita define a poetisa portuguesa Florbela Espanca, que tem a sua história contada por meio do espetáculo “Florbela Espanca – A Hora que Passa”. Escrito por Lorenna em parceira com Fabio Brandi Torres, a peça, que estreou no ano passado em Portugal, no dia Mundial da Poesia, e percorreu 19 cidades em duas temporadas, uma de 40 dias e outra de 30 dias, será encenada hoje, às 20 horas, no Espaço N de Arte e Cultura, a sede do Teatro da Neura. Os ingressos custam R$ 10, com meia-entrada para estudantes, idosos, professores da rede pública e moradores dos bairros Jardim Imperador e Cruzeiro do Sul, mediante confirmação de endereço. Depois de ficar intrigada com a forma que Florbela escrevia em plena década 20, Lorenna decidiu investigar a trajetória da poetisa. “Fui a Portugal e conheci as três principais cidades em que ela viveu: Vila Viçosa, Évora e Matosinhos. Visitei suas casas, o cemitério, as homenagens nesses lugares, além de Lisboa e Porto. Filmei cada passo no meu vídeo-diário de bordo. E lá, percebi que Florbela não possuía o reconhecimento que merece”, comenta. Após esta etapa, o monólogo, que teria apenas os poemas da poetisa portuguesa como base, passou a ser inspirado nas cartas, contos e diários da escritora, que se matou em 8 de dezembro de 1930, data de seu aniversário. Em seguida, quando todo o material já estava reunido, a atriz convidou o dramaturgo e diretor Fabio Brando Torres, que tinha o conhecido em uma leitura de uma peça de Luis Eduardo de Sousa, para participar do projeto. “Minha proposta para o Fabio era que com esse texto inicial descobríssemos juntos, na sala de ensaio, a essência do espetáculo. Fizemos experimentações de estudo de cena no festival de Teatro Satyrianas e na Semana Florbela Espanca, que realizamos na Casa de Portugal de São Paulo”, revela.

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