Há 25 anos, um dos principais fotógrafos da região e ex-funcionário do DS, Carlos Magno Rodrigues, descobria a paixão por registrar momentos através de imagens. Formado em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), o paulistano atualmente passa por um período de dedicação pela arte. "Hoje, estou em um processo muito mais artístico do que profissional ou comercial", afirma. Para comemorar os 25 anos de carreira, Magno vai abrir uma exposição em Suzano até o último trimestre deste ano, que durará entre 15 e 30 dias. A curadoria é da sua esposa e bailarina Márcia Belarmino. "Ainda não há data ou local, mas quero realizar na cidade, pois é uma forma de agradecer os 21 anos que estou aqui", afirma. A mostra contará com fotos jornalísticas, de retratos, natureza, abstrato, arquitetura e entre outros temas. O fotógrafo ainda quer desenvolver um tipo de instalação, para completar suas imagens com som e cheiro. "Estou trabalhando nessa ideia de trabalhar com sons de acordo com o ambiente. Não pude fugir de uma retrospectiva, então, a exposição será trabalhada nisso", completou. Com 17 anos, Magno iniciou um curso básico de fotografia com sua primeira câmera: uma Olympus Trip 35 dada pelo pai. E antes mesmo de se matricular, ele já andava pelos lugares na companhia da máquina. Apesar das dificuldades financeiras, após dois anos, o fotógrafo entrou na escola Focus, onde teve um contato mais aprofundado com a profissão. "A fotografia era muito elitizada naquela época, tanto que na minha sala na Focus, os estudantes eram de regiões mais ricas. Eu nasci e fui criado na periferia em Itaquera, chamada Vila Progresso, era o único estudante da Zona Leste. Com isso, meu pai relutou muito para querer pagar este curso, ainda mais que meu irmão tinha feito aulas de fotografia, mas não ingressou no mercado", conta. Em seguida, ele fez muitos outros cursos profissionais e continua fazendo até hoje. Em junho de 1990, ele fez seu primeiro trabalho de forma profissional, um ensaio fotográfico de sua vizinha. Em setembro do mesmo ano, fez o primeiro casamento da carreira. Em 1993, sua mãe o pressionou para fazer faculdade, foi então que o fotógrafo iniciou sua vida na região do Alto Tietê. "Iniciei Publicidade e Propaganda na UMC. Ia e voltava todos os dias. Pensei muito no jornalismo, mas não quis ingressar porque tinha dificuldades com português". Porém, ele não conseguiu escapar do jornalismo. Em 1994, a convite de Gino de Siqueira, Magno entrou na equipe de fotografia do DS. Após três meses de trabalho na empresa, ele mudou de cargo para editor. Foi no jornal suzanense que ele teve o principal momento na carreira de fotojornalista: o acidente com Fokker 100 da TAM, em 1997. Na ocasião, um homem foi ejetado da aeronave. Magno foi o primeiro fotógrafo a chegar no local. Por isso, sua foto foi usada por mais de 50 veículos de comunicação de todo País. "Chegamos 30 minutos antes das outras imprensas. Foi muito marcante mesmo", disse. Em 1999, iniciou a carreira solo na fotografia e lançou o seu primeiro site, onde publicava o projeto "Click da Semana", com ensaios fotográficos em preto e branco. "Nesta época havia apenas 104 sites de fotógrafos no ar. Fui um dos pioneiros", explica. A partir de 2002, ele começou a dar ênfase na vida comercial. Fez e desfez parcerias e abriu sua própria empresa de eventos sociais, que está na ativa até hoje. "Me dediquei um período na parte comercial e até 2009 me fortaleci profissionalmente. A partir de então, me dedico ao meu lado artístico. Realizo viagens para ampliar meu portfólio e pretendo continuar dessa forma. Além disso, quero explorar outras regiões culturais, como a música, sou apaixonado por sons. E ainda quero escrever um livro", ressaltou.