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Cidades

Fenômeno na internet, pastora mirim de Suzano canta e prega

Vitória de Deus vive há seis meses no Miguel Badra e semanalmente prega na Paulista

20 outubro 2018 - 23h58Por Marília Campos - de Suzano
Em um conjunto de quartos no bairro Miguel Badra vive Vitória de Deus, na companhia do pai e outros quatro irmãos. Há seis meses a família veio de Brasília para dividir dois cômodos em Suzano, a fim de melhores oportunidades e reconhecimento da garota que, além de cantar e pregar a palavra de Deus nas ruas de São Paulo, ainda se diz com o dom da cura. Com apenas 10 anos, a pastora saiu do anonimato para virar fenômeno da internet após divulgar um vídeo em que reprova a comunidade gay, sendo que hoje o grupo um dos principais públicos da missionária nas redes sociais.
 
Quando Vitória tinha apenas um ano de idade, a família deixou Pernambuco para viver em Brasília. O pai da garota, Cícero de Deus, conta que a pastora mirim começou a cantar aos três anos na igreja Assembleia de Deus e logo, no ano seguinte, teria apresentado o dom de cura. Cícero, que também foi pastor, diz que Vitória herdou o desempenho junto aos fiéis. Com a ajuda de amigos, o pai disponibilizou na internet alguns vídeos da criança pregando na igreja. 
 
Porém, o maior reconhecimento da missionária veio ano passado, quando ela mesma postou um vídeo polêmico reprovando a interação de uma criança com artista nu durante performance no Museu de Arte Moderna (MAM) e a comunidade gay. O bordão "Não era pra ser diferente?" tomou forma na internet, por meio de 'memes' e reedições do vídeo. Cícero relembra que, ao se deparar com a repercussão, deletou a postagem da garota. Mas a ação não teve efeito, já que as imagens ainda hoje rodam na internet. Desde então, Vitória conquistou mais de 275 mil seguidores nas redes, além de chamar atenção de artistas como Anitta, Nego do Borel e Padre Fábio de Melo. 
 
Ao vir para São Paulo, com a proposta falha de gravar um segundo disco, Cícero e as crianças se instalaram em Suzano por indicação de um conhecido. A rotina da família é baseada nos estudos durante a semana e a pregação aos sábados e domingos, oportunidade em que Vitória vai ao centro do Brás e à Avenida Paulista cativar novos fiéis, sobretudo moradores de rua e a própria comunidade gay que costuma acompanhar a pastora. "O carisma dela com o povo é diferente. Qual pastor leva a palavra de Deus aos LGBTs? Pois a Vitória vai até eles", diz o pai da missionária, que também administra as redes sociais da menina e lida com comentários a favor e contra a atuação da pastora mirim. 
 
Vitória diz que não tem nada contra os gays e que, inclusive, gravou uma música com a cantora Lady Chokey, apesar das críticas recebidas. Nas ruas, durante a pregação, a garota é assediada pelas 'pocs' (gíria que remete aos gays) que pedem fotos com celebridade da internet. A fama da missionária já rendeu participação no jurado de cantores gospel e também reconhecimento em publicações como a Isto É, Folha de S. Paulo, Estadão e gravação para reportagem na TV. Apesar das conquistas, a menina diz que seu objetivo é evangelizar o maior número possível de pessoas e que as redes sociais e a mídia são como instrumentos de divulgação da palavra de Deus àqueles que necessitam. 

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