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Jornal Diário de Suzano - 09/05/2024
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Coluna

Cardiologista Pediátrico? Afinal, crianças também tem problemas no coração?

24 novembro 2022 - 05h00

Quando falamos sobre problemas no coração, logo nos vem à mente doenças como o infarto ou condições que afetam principalmente os adultos. 
É raro considerarmos as crianças neste assunto. No entanto, quem que nunca ouviu sobre um vizinho, ou sobrinho ou algum conhecido que tinha "um sopro no coração"? 
As cardiopatias congênitas, como chamamos, são as malformações cardíacas que surgem durante a formação embrionária. Entre elas, podemos encontrar desde anomalias pequenas, que não causam sintomas ou repercussões, como também aquelas que causam graves consequências, levando até mesmo à morte fetal ou neonatal.
Estima-se que 9 a cada mil recém-nascidos no Brasil apresentem algum tipo de cardiopatia, sendo que destes, um terço terá algum tipo de cardiopatia grave, que precisará de cuidados médicos especializados desde o período fetal e/ou neonatal.
Infelizmente não sabemos quais os motivos que causam essas malformações nem como preveni-las, e por tratar-se de doenças que necessitam de cuidados especializados, quanto antes for feito o diagnóstico, melhor.
Hoje em dia temos à disposição das gestantes o ultrassom morfológico e principalmente a ecocardiografia fetal, que também é um ultrassom, mas realizado idealmente em torno da 28ª semana de gestação, pelo cardiologista pediátrico, a fim de rastrear especificamente cardiopatias congênitas.
Com o diagnóstico precoce, podemos garantir que a gestante será orientada sobre os passos necessários para o cuidado integral de sua gestação, e esse bebê receberá todo o suporte desde o seu nascimento, contando com uma maternidade preparada para o nascimento de um recém-nascido cardiopata, e com uma equipe de cardiopediatria pronta a auxiliar no processo. 
Já quando as cardiopatias não são identificadas durante o pré-natal, geralmente são diagnosticadas de duas formas, ou através do "Teste do Coraçãozinho", realizado obrigatoriamente em todos os recém-nascidos entre 24 e 48 horas de vida, antes da alta da maternidade, para verificar a sua saturação e reconhecer possíveis alterações, ou nas consultas de rotina pediátrica, através de um sopro, dificuldade para ganhar peso, cansaço excessivo às mamadas, ou quadros repetidos de infecções respiratórias.
Nestes casos, assim que houver a suspeita, a criança será encaminhada ao cardiologista pediátrico, que será o responsável por determinar o diagnóstico definitivo, reconhecer as suas possíveis repercussões, orientar a família sobre o quadro, e se necessário prescrever medicamentos que amenizem os sintomas e melhorem a qualidade de vida do paciente, ou até mesmo indicar uma cirurgia e/ou cateterismo para solucionar o problema.
Portanto, as crianças não estão livres de problemas cardíacos, mas saiba que um Cardiologista Pediátrico poderá auxiliar desde o período pré-natal até a fase adulta, contribuindo para melhorar sua qualidade de vida.