A balança comercial brasileira registrou em abril superávit de US$ 491 milhões, resultado de exportações de US$ 15,156 bilhões e importações de US$ 14,665 bilhões. Em abril de 2014, a balança havia tido superávit de US$ 506 milhões. Na última semana de abril (entre os dias 27 e 30), a balança registrou superávit de US$ 541 milhões, com vendas externas de US$ 3,272 bilhões e importações de US$ 2,731 bilhões. Saldo positivo superou o teto das expectativas de mercado, que apontavam desde déficit comercial de US$ 300 milhões a superávit de US$ 253 milhões, de acordo com levantamento com 21 instituições. A mediana apontava para superávit de US$ 50 milhões. No acumulado do ano até abril, a balança continua no vermelho, com déficit de US$ 5,066 bilhões. As exportações somaram US$ 57,931 bilhões nos primeiros quatro meses deste ano e as importações, US$ 62,997 bilhões. No ano passado, o déficit no primeiro quadrimestre foi maior, de US$ 5,573 bilhões BLOCOS ECONÔMICOS As vendas de produtos brasileiros para o exterior apresentaram queda para todos os principais blocos econômicos no primeiro quadrimestre. O recuo foi mais acentuado para a Ásia (23,8%), principalmente por conta da queda de 31,6% nas vendas para a China. Até abril, a balança comercial com a China é deficitária em R$ 2,527 bilhões. "Com a China, tradicionalmente o Brasil é superavitário, mas tem déficits sazonais nos primeiros meses do ano. A tendência é ter superávit ao longo dos próximos meses do ano, quando a soja entrar de maneira mais significativa", espera o diretor de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Herlon Brandão. Para o Mercosul, houve redução de 15,1% nas exportações, resultado de vendas menores para a Argentina (-15,6%), principalmente de automóveis e autopeças e veículos de carga. Houve ainda redução de 14,2% no montante vendido à União Europeia, que decorre da menor demanda por farelo de soja e minério de ferro. As exportações aos Estados Unidos apresentaram redução de 5,7%, abaixo do patamar geral, que foi de queda de 16,4%. Segundo Brandão, houve redução nas vendas do petróleo bruto para o país, mas aumento em produtos como café. Também houve queda nas importações brasileiras dos principais blocos econômicos. Da Ásia, a retração foi de 9,4% (-4% da China), da União Europeia de -17,5%, da América Latina de -17,3%, do Mercosul de -20,2% e dos Estados Unidos de -17,5%.