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Jornal Diário de Suzano - 11/12/2024
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Economia

Inflação oficial chega à maior taxa desde 2003

11 junho 2015 - 08h00

Sob pressão da alta dos preços dos alimentos e da energia elétrica, a inflação oficial acelerou em maio acima das expectativas do mercado e levou alguns economistas a descartarem a possibilidade de o Banco Central (BC) conseguir entregar o índice no centro da meta, de 4,5%, em 2016. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) disparou 0,74%, maior resultado para o mês desde 2008. A taxa em 12 meses, por sua vez, subiu e, aos 8,47%, está no maior nível desde dezembro de 2003, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação do IPCA em maio ficou acima das expectativas dos economistas, que projetavam no máximo elevação de 0,68%. No mercado futuro de juros, a reação imediata foi mudar as apostas para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em julho. Até hoje, ainda pairava dúvida sobre a continuidade do ritmo de alta nos juros. Agora, a elevação de 0,50 ponto porcentual na Selic, a taxa básica da economia, é dada como certa. Atualmente, a taxa é de 13,75% ao ano. Economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito vê espaço para duas novas elevações consecutivas, uma de 0,50 ponto porcentual e a seguinte de 0,25 ponto porcentual, com a Selic em 14,5% no final do ano, com cortes somente a partir do próximo ano. "O BC vai fazer esse esforço grande para subir a taxa de juros rapidamente, mas depois corta também de forma acelerada". Na visão dele, a taxa do IPCA acumulada em 12 meses continuará em processo de aceleração até agosto, quando deve atingir 8,7%. Perfeito prevê o IPCA em 8,3% neste ano, acima do teto da meta do governo, de 6,5%. Para 2016, a estimativa é de 4,9%. A surpresa no IPCA veio de produtos in natura, que encareceram por problemas de oferta. Só a cebola subiu 35,59% em maio, enquanto o tomate teve alta 21,38%. Agricultores reclamam da umidade elevada, que disseminou uma praga nas lavouras, cujo custo para combatê-la é elevado demais para os produtores. Já a tarifa de energia elétrica subiu 2,77% e voltou a pressionar o orçamento das famílias.

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