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Jornal Diário de Suzano - 17/05/2025
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Editorial

Hospital e Maternidade

17 maio 2024 - 05h00Por editoracao

Uma situação que se arrastava há anos, a Santa Casa de Suzano vive uma situação difícil com dívidas. 
Um dos hospitais mais importantes da região prestava um atendimento garantido pelo SUS, agora deu lugar ao Hospital e Maternidade de Suzano (HMS). O que se espera? Que a população continua sendo atendida.
O DS acompanha o processo de mudança e a notícia sobre locação do prédio desde o início de maio deste ano.
Evidentemente que a situação não é de agora. Vem de muito tempo.
Nesta quarta-feira (15/05) os atendimentos à população no prédio que até então abrigava a Santa Casa de Misericórdia (Avenida Antônio Marques Figueira, 1861 - Vila Figueira) tiveram início. 
A expectativa da Prefeitura é de que com a mudança ocorra crescimento de até 15% no número de atendimentos realizados no complexo. O HMS conta com 91 leitos, Pronto-Atendimento de Ortopedia, Pronto-Atendimento da Mulher, Posto de Coleta de Leite Humano, UTI Neonatal, UTI Adulto, Ortopedia e Traumatologia, Anestesiologia, Ala Cirúrgica, Ala Médica, Raio-X, Ultrassonografia, Tomografia, Mamografia e Ecocardiograma. Em 2023, a Santa Casa realizou 945 procedimentos cirúrgicos de Ortopedia, 15.048 atendimentos no Pronto-Atendimento da Mulher, 2.590 partos, 78.421 exames de Raio-X, 4.801 exames de Ultrassonografia, 25.371 Tomografias e 386 treinamentos. 
Para seguir a recomendação do MP-SP, foi iniciado um chamamento público, vencido pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), realizado após os integrantes da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia serem convocados, em 2023, para reassumirem a provedoria do local, o que foi recusado pelo único membro que se apresentou na oportunidade.
O DS trouxe reportagem, na edição de ontem, e mostrou que a intervenção municipal na Santa Casa de Misericórdia de Suzano começou em 2009 a pedido do MP-SP. Em 2017, a Prefeitura, sob nova gestão, iniciou uma auditoria realizada ao longo daquele ano. O resultado foi a descoberta de uma dívida de R$ 569 milhões, que se arrastava por décadas e oriunda também de débitos deixados pela abertura da Unidade II da Santa Casa, instalada no antigo prédio do Hospital São Sebastião.
A Santa Casa teve seus bens penhorados e, em 2019, o prédio chegou a ir a leilão por conta dos débitos, sendo o processo cancelado em 31 de maio daquele ano após a Justiça acolher o plano de pagamento das dívidas trabalhistas e o aumento do valor de repasse propostos pela Prefeitura de Suzano no processo de renegociação iniciado em 2017 (de R$ 100 mil para R$ 150 mil por mês).
Em meio à toda essa dificuldade, o que se espera é que o atendimento aos pacientes seja mantido. A saúde não pode esperar.