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Nacional

Barack Obama promete ‘nova era’ com Cuba

12 abril 2015 - 08h00

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ontem aos líderes das Américas reunidos no Panamá que não está interessado em "ideologia" e propôs uma parceria pragmática, simbolizada por sua decisão de restabelecer relações com Cuba depois de um rompimento de cinco décadas de meia. Logo depois dele, o cubano Raúl Castro criticou as intervenções americanas em seu país, mas elogiou o presidente. Enquanto Obama se dizia interessado no futuro, Castro fez questão de lembrar o passado, elencando todos os casos de intervenção americana em seu país desde a guerra de independência. "Não estou interessado em disputas que começaram antes de eu nascer", disse Obama, em relação à Guerra Fria. "Já era tempo que eu discursasse aqui", disse o presidente de Cuba, Raúl Castro, dizendo que conseguiu permissão para falar mais que os oito minutos sugeridos, já que Cuba tinha o crédito de seis Cúpulas das Américas. Cuba foi excluída de todos os encontros realizados desde 1994. Obama disse que pretende "olhar para o futuro" e não ficar preso ao passado, depois da decisão de restabelecer os laços com Cuba. Castro mencionou a ocupação da Baía de Guantánamo e acusou Washington de apoiar ditaduras no país desde então, até a Revolução de 1959. "Os EUA não serão aprisionados pelo passado. Olhamos para o futuro", afirmou. A expectativa na manhã de ontem era a de que Obama, anunciasse durante seu discurso na reunião a retirada de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo, mas isso acabou não ocorrendo. Obama e Raúl conversaram por telefone na última quarta feira, antes da viagem do presidente americano à América Central. Essa foi apenas a segunda conversa direta entre os líderes dos dois países em 53 anos de relações rompidas. A primeira ocorreu em dezembro, pouco antes de Havana e Washington anunciarem a intenção de retomar relações diplomáticas.