O comissário europeu para a Migração, Dimitris Avramopoulos, apresentou ontem um plano com dez ações imediatas para prevenir novas tragédias no Mar Mediterrâneo. Ele divulgou a lista durante uma reunião extraordinária de ministros dos Negócios Estrangeiros e do Interior da União Europeia, feita em Luxemburgo. Uma das ações previstas é o aumento das operações da União Europeia no Mediterrâneo, com reforço do financiamento e dos meios disponíveis de patrulha. O plano será apreciado na próxima quinta-feira pelos líderes europeus, convocados em caráter extraordinário pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, após o naufrágio de uma embarcação entre a Líbia e a Itália, no fim de semana. Pelo menos 700 pessoas morreram. O plano prevê também um "esforço sistemático" para capturar e destruir embarcações usadas pelos traficantes de seres humanos, encontros regulares entre instituições como Europol (abreviatura de Serviço Europeu de Polícia), Frontex (sigla, em inglês, para Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia) e Eurojust (sigla, em inglês, para o organismo da União Europeia para Cooperação Judicial), projetos-piloto de integração de requerentes de asilo e intensificação do diálogo com os países do Norte de África, entre outras ações com caráter de urgência. "Essas dez ações que hoje acordamos são medidas diretas e substanciais que tomaremos para fazer a diferença no horizonte imediato. Todas exigem o nosso esforço comum, das instituições europeias e dos 28 Estados-membros. Vamos apresentar essas propostas ao Conselho Europeu, que se reunirá na quinta-feira, em sessão extraordinária, para discutir a situação no Mediterrâneo", informou nota oficial conjunta da alta representante da UE para Negócios Estrangeiros, Federica Mogherini, e do comissário para a Migração.