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Nacional

Dilma se defende e diz que ‘a eleição acabou’

10 março 2015 - 08h00

 Às vésperas da realização de uma série de manifestações pró-impeachment em diversas cidades brasileiras, marcadas para domingo, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse ontem que a sociedade brasileira está amadurecida e não vai aceitar "rupturas democráticas". Dilma, no entanto, afirmou que os panelaços promovidos por brasileiros no último domingo à noite durante a exibição do seu pronunciamento é fato "da regra democrática" e que não vê motivos para o impeachment. "Eu acho que há de caracterizar razões para o impeachment, e não o terceiro turno das eleições. O que não é possível no Brasil é a gente também não aceitar a regra do jogo democrático. A eleição acabou, houve o primeiro e o segundo turno", disse Dilma a jornalistas, depois de participar de solenidade no Palácio do Planalto em que sancionou lei que tipifica o crime do feminicídio. "Terceiro turno das eleições para qualquer cidadão brasileiro não pode ocorrer, a não ser que você queira uma ruptura democrática. Se quiser uma ruptura democrática, eu acredito que a sociedade brasileira não aceitará rupturas democráticas e acho que nós amadurecemos suficiente para isso", prosseguiu a presidente. Questionada se as manifestações pró-impeachment seriam legítimas, Dilma respondeu: "A manifestação vai ter as características que tiver seus convocadores. Ela em si não representa nem a legalidade nem a legitimidade de pedidos que rompem a democracia." Sobre a manifestação de brasileiros com "panelaços" e vaias durante a transmissão do pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão no último domingo, Dilma disse que na democracia é preciso "conviver com a diferença". "O Brasil tem uma característica que todos nós temos de valorizar, que é o fato de que aqui as pessoas podem se manifestar, e têm espaço e direito a isso",x

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