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Nacional

Graça Foster depõe na CPI e questiona Barusco

27 março 2015 - 08h01

Em sua quinta passagem pelo Congresso Nacional em menos de um ano, a ex-presidente da Petrobras Graça Foster levou ontem para a CPI que investiga a estatal a mesma estratégia do Partido dos Trabalhadores (PT) de vincular ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) o esquema de corrupção alvo da Operação Lava Jato da Polícia Federal. "Não consigo imaginar como pode ser verdadeira a fala do Barusco de que ele sozinho recebia propina. Não consigo entender isso de forma alguma. Fico surpresa de saber que alguém pode ganhar alguma coisa no meio da estrutura sem ninguém de cima saber. Quando a gente vê o Barusco falando de si, a gente pensa que está em outro planeta", disse. Ela se referia ao que disse à CPI no dia 10 de março o ex-gerente de Serviços da companhia, Pedro Barusco, de que sua atuação no esquema em 1997 era "isolada" e que foi "institucionalizada" a partir entre 2003 e 2004. O ex-gerente, que fez um acordo de delação premiada, acusou o PT de receber entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões em propina oriunda de contratos da estatal. O ponto alto das seis horas e 40 minutos de sabatina foi quando Foster disse que sente "muita vergonha" dos colegas que participaram do esquema de corrupção flagrado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. "Lógico que passo horas do meu dia pensando em tudo o que está acontecendo na Petrobras. Eu entrei aqui nas outras CPIs, em audiências, com muito mais coragem do que entro hoje (ontem). Podiam ter todas as suspeitas mas não tinham os fatos que estão aí. Eu tenho realmente um constrangimento muito grande por tudo isso, de olhar para vocês. Já passei por várias fases de sentimento. Eu tenho vergonha, muita vergonha", concluiu.

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