A Justiça Federal condenou a cúpula da OAS por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Lava Jato. José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, e Agenor Medeiros foram condenados a 16 anos e 4 meses de reclusão. Os executivos Mateus Coutinho de Sá Oliveira e José Ricardo Nogueira Breghirolli pegaram 11 anos de reclusão e Fernando Stremel foi condenado a quatro anos de reclusão. Os delatores Paulo Roberto Costa , ex-diretor da Petrobras, e Alberto Youssef, doleiro, também foram condenados. A OAS é a segunda empreiteira condenada na Lava Jato. Em 20 de julho, executivos ligados à Camargo Corrêa foram condenados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Na sentença em que condena os dirigentes da OAS, o juiz federal Sérgio Moro destaca que "a prática do crime corrupção envolveu o pagamento de R$ 29.223.961,00 à Diretoria de Abastecimento da Petrobras, um valor muito expressivo", afirma o magistrado. Segundo a sentença, um único crime de corrupção envolveu pagamento de cerca de R$ 16 milhões em propinas. Moro fixou o regime fechado para o início de cumprimento da pena dos executivos da OAS. dirceu O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido da defesa do ex-ministro José Dirceu para ter acesso à delação premiada feita pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa. Na última segunda-feira, Dirceu foi preso preventivamente no âmbito das investigações do esquema de corrupção na Petrobras. O pedido de acesso ao conteúdo da delação do empreiteiro foi feito pelos advogados de Dirceu em julho. De acordo com reportagem da revista Veja, Ricardo Pessoa disse ao Ministério Público Federal (MPF) que a UTC Engenharia pagou R$ 3,2 milhões à consultoria do ex-ministro por serviços não prestados. A delação de Pessoa permanece em segredo de Justiça até o momento. Outros pedidos de acesso aos depoimentos do empreiteiro já foram negados por Zavascki, entre eles as solicitações dos ministros da Comunicação Social, Edinho Silva, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante, dos senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Edison Lobão (PMDB-MA) e do advogado Tiago Cedraz. O entendimento do ministro é de que a delação só pode ser tornada pública após acusação formal por parte do MPF relação a eventuais investigados na Lava Jato.