A Polícia Federal (PF) encaminhou ao ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de autorização de coleta e mais duas testemunhas a fim de esclarecer pontos na investigação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). No documento encaminhado ao STF no dia 15 de abril, o delegado da Polícia Federal Thiago Machado Delabary esclarece ao ministro o andamento das diligências referentes ao inquérito do qual Cunha é alvo, e pede a extensão de prazo de 60 dias. É pedido ainda que sejam ouvidos o advogado Francisco José Reis, e o presidente do PMDB no Rio, Jorge Picciani, pai do líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani. Um endereço atribuído a Reis, que é ex-assessor de Jorge Picciani, é apontado como um dos destinos de entrega de dinheiro proveniente do esquema de corrupção apurado na Lava Jato. A solicitação feita pela PF ainda não foi deferida por Zavascki. Diante de um desentendimento entre a polícia e a Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a condução das investigações da Lava Jato, os pedidos de extensão de prazo feitos pela PF foram indeferidos pelo STF e as oitivas marcadas para os dias 16 e 17 de abril foram suspensas. A prorrogação de prazo deve ser atendida pelo ministro relator do Supremo na próxima semana. A PGR encaminhou entre segunda e quarta-feira desta semana pedidos de prorrogação de prazo ao STF para cumprimento das diligências.