A Polícia Federal (PF) apreendeu ontem, na sede da agência de publicidade Pepper, em Brasília, um computador e mochilas com materiais. A Pepper é alvo da segunda fase da Operação Acrônimo, deflagrada ontem. A PF também fez busca e apreensão num hangar em Belo Horizonte e num escritório que era usado pelo governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). A PF suspeita que o governador de Minas recebeu "vantagens indevidas" do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, ligado ao PT, e de empresas que obtiveram empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Pepper é uma empresa contratada pelo PT para cuidar da página do Facebook da presidente Dilma Rousseff. Carolina Oliveira, mulher do governador e um dos alvos da Operação, trabalhou na agência. Os policiais chegaram à sede da agência no início da manhã e a busca prosseguia por volta das 12h30. A ação foi autorizada pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin, relator da Operação Acrônimo no Tribunal. O magistrado tornou-se relator do caso no Tribunal na semana passada, quando recebeu um pedido de inquérito encaminhado pela PF para investigar a suposta participação de Pimentel no escândalo. Operações de busca e apreensão foram realizadas também em outros pontos, incluindo unidades no Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, além do Distrito Federal.