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Nacional

PT avalia que 'risco' de impeachment da presidente Dilma não está afastado

23 agosto 2015 - 08h00

 A cúpula do PT nacional avalia que a presidente Dilma Rousseff (PT), pelo menos no que diz respeito ao embate direto com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está perto de conseguir um reequilíbrio de forças. Para o PT, a sucessão de fatos positivos registrados nas últimas semanas deu "um respiro" para Dilma, mas ainda não é suficiente para afastar de vez o risco do impeachment. De acordo com um cardeal petista, iniciativas da própria Dilma como aumentar o diálogo com o Congresso e os mais diversos setores da sociedade "têm que virar rotina" no Planalto. A avaliação da cúpula partidária é que as disputas internas no PSDB e no PMDB tem sido um obstáculo maior ao impeachment do que as próprias iniciativas e notícias positivas do governo. Pelo cálculo petista, as condições fundamentais do impeachment são "unidade no PSDB, unidade no PMDB e unidade entre o PSDB e o PMDB". Para isso, seria preciso um caminho comum e aí a conta não fecha. Se o caminho for o impeachment com a permanência de Michel Temer no lugar de Dilma, Aécio Neves seria prejudicado. Já a impugnação da chapa Dilma/Temer, contraria o presidente do PMDB e o tucano José Serra. Sem contar que Geraldo Alckmin, hoje dono da maior máquina sob controle tucano, prefere esperar as eleições de 2018.

LULA Tanto o PT quanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão convencidos que, caso o Supremo Tribunal Federal aceite a denúncia por crime de corrupção contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o peemedebista não terá mais condições de permanecer no cargo. Até lá, porém, a ordem é manter a cautela, esperar o desenrolar da crise e evitar movimentos bruscos. Lula não quer que o PT repita agora os erros cometidos no processo da eleição de Cunha, no início do ano. A prioridade é aproveitar a chance para recompor a base da presidente Dilma na Câmara. Segundo uma pessoa próxima a Lula, o ex-presidente não quer derrubar Cunha, "ele quer é que as coisas melhorem". A estratégia do PT é deixar o protagonismo das ações contra o peemedebista para outras legendas como o PSOL. O partido não fará acordos para salvar Cunha mas também rejeita o papel de algoz do adversário e só vai entrar em campo quando a situação estiver em vias de definição. Mesmo porque uma série de parlamentares petistas está na mira da Procuradoria-Geral da República por causa da Lava Jato.

IRREGULARIDADES Em resposta à investigação das contas requerida na sexta-feira pelo TSE, o Partido dos Trabalhadores (PT) negou, ainda, por meio de nota ontem, irregularidades nas doações feitas à campanha de reeleição da presidente em 2014. "Todas as doações que o PT recebeu foram realizadas estritamente dentro dos parâmetros legais e foram posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral", alegou.